Pontuações rápidas sobre as massas de óleo no nosso litoral

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Por Priscylla Bezerra

 

Análises de amostras apontam que o material, segundo sua composição e densidade, é compatível com petróleo de procedência Venezuelana

Isto lança, de imediato, a culpa sobre a Venezuela pelo desastre ambiental?

Uma consulta rápida a um mapa mundi dá conta de esclarecer que o vazamento não é oriundo de nenhuma plataforma venezuelana, já que para alcançar o litoral brasileiro o óleo teria que contornar os limites dos países americanos banhados pelo oceano Pacífico e mais uns tantos pelo Atlântico, o que não aconteceu.

Assim, a hipótese mais robusta é a que indica que o óleo veio de barris de algum navio que o transportava após a compra da Venezuela.

Deveria ser bastante fácil identificar qual ou quais navios trasportavam o material. No entanto, minúcias da geopolítica econômica dificultam o levantamento desta informação.

O grande ponto é: por seu regime sociopolítico e bases para as relações externas, a Venezuela sofre uma série de sanções econômicas como forma de retaliação e maneira de pressionar que o país se adeque ao modelo hegemônico

Estas sanções, impostas, sobretudo, pelos E.U.A., estendem-se também aos países que se proponham a comercializar com a Venezuela

E cabe aqui destacar que a Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo! Na prática, nenhum país deixa de comprar dela…

Porém, para não sofrer as sanções econômicas impostas pelos E.U.A., que ainda é o maior parceiro econômico de muitos países, estas nações transportam os barris com petróleo venezuelano em navios não identificados e que navegam com equipamento de rastreio totalmente inativos, para driblar qualquer possibilidade de identificação – os chamados navios piratas

Assim, havendo qualquer acidente com estes petroleiros, somente operações grandiosas de investigação, quiçá em cooperação internacional, viabilizariam a identificação do transportador e de sua localização.

Mas vê-se que este esforço não vem sendo empreendido… Então, a apuração do responsável pelo desastre não apresenta sequer um horizonte. Apenas acusações fáceis e rápidas, endossadas por informações absolutamente elementares e incapazes de esclarecer a questão.

Bem… por fim, nos resta cobrar a apuração dos fatos e execer o esforço honesto de compreensão das dinâmicas das relações políticas que conformam o cenário sediador deste tipo de ocorrência, entendendo que não se trata de um evento aleatório e sem amparo conjuntural.

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