‘Praticamente nada foi feito’ contra emissões de CO2, diz Greta em Davos

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Em apresentação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a ativista Greta Thunberg disse nesta terça-feira, 21, que “praticamente nada foi feito” para conter as emissões de dióxido de carbono (CO²) na atmosfera. Ainda nesta terça em Davos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o “alarmismo” de ambientalistas — sem citar o nome da jovem sueca — e denunciou aqueles que chamou de “profetas da desgraça”.

“Praticamente nada foi feito já que as emissões globais de CO2 não reduziram”, disse Thunberg. “Será necessário muito mais do que isso.” Mais de 43 bilhões de toneladas de dióxido de carbono foram emitidos na atmosfera em 2019, quebrando recorde anual, estabelecido em 2018, em mais de 0,5%, segundo estimativa prévia do organização internacional de pesquisa ambiental Global Carbon Project.

A ativista — que se apresentou a sessão ambiental de Davos, intitulada “Evitando o Apocalipse Climático” — também afirmou que “será preciso muito mais” para combater o aquecimento global e desejou para o futuro que “começássemos a dar atenção à ciência e a tratar a crise [do aquecimento global] como a crise que realmente é”.

Segundo o relatório do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2018, a comunidade internacional só poderá emitir mais 420 bilhões de toneladas de dióxido de carbono a fim de evitar que a temperatura média global aqueça em 1,5 ºC a partir de 2030. Nas condições atuais, o limite de carbono será ultrapassado em menos de nove anos.

Greta Thunberg, que foi nomeada “Pessoa do Ano” de 2019 pela revista Time, reconheceu que não pode “reclamar de não estar sendo escutada”, mas criticou a imprensa pela falta de cobertura da crise do aquecimento global. “Eu não acredito ter visto um veículo de mídia ou uma pessoa em poder comunicar sobre isso (o limite de carbono) ou sobre o que isso significa”, concluiu.

‘Profetas perenes da desgraça’

Logo após a apresentação da sueca, também em Davos, Trump defendeu o “otimismo” e rejeitou o “pessimismo” promovido por aquilo que chamou de “profetas da desgraça e suas previsões de apocalipse”. Em seu discurso, o presidente americano não citou o nome de Thunberg.

“Para aumentarmos as possibilidades do futuro, nós devemos rejeitar os profetas perenes do futuro e suas previsões de apocalipse”, Trump. “Eles são os herdeiros dos cartomantes tolos do passado. Eles querem nos ver mal, mas nós não vamos deixar isso acontecer”, concluiu.

Trump ainda disse que “este é um tempo de tremenda esperança e alegria” e criticou a promoção do “medo” e da “incerteza”, em contraste com seu discurso populista nos Estados Unidos, que incita apreensão contra a imigração e a globalização. (veja)

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