Orientadores Educacionais, aprovados em concurso, convocam não nomeados e a sociedade a participar de ato para zerar cadastro

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Por Maurício Nogueira

Os Orientadores Educacionais classificados no concurso de 2014, irão se reunir em frente ao Palácio do Buriti para realizar o evento “Educação para a paz, o Orientador contribui mais”, no próximo sábado (13), às 9h, com o objetivo de pleitear a contratação dos profissionais da categoria.

A líder da Comissão dos Orientadores Educacionais (ainda não nomeados), Flaviane Sehorro Cardozo da Silva, cuja classificação foi 887 no concurso, informou que 2008 houve um concurso e foram chamados cerca de 700 profissionais. Somente em 2014 ocorreu último concurso. Ou seja, poucas nomeações foram realizadas.

De acordo com Flaviane, o ex-governador Rodrigo Rollemberg não nomeou nem as 50 vagas que estavam previstas, oficialmente, constantes do edital do certame.

“Ele fez um processo de nomeação de 310 orientadores. Rollemberg presenteou a categoria com a nomeação de apenas um. Isso mesmo, apenas um orientador educacional bem no Dia do Orientador Educacional, em 4 de dezembro”, enfatizou Flaviane. .

O atual secretário de Educação, Rafael Parente, sensibilizado pela importância dos orientadores no processo de ensino, solicitou à equipe que produzisse um levantamento da quantidade de cargos disponíveis, informou Flaviane. Ele conseguiu que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, liberasse a nomeação de 468 orientadores. Dividindo em duas etapas. Uma saiu agora em março e a próxima sairá em breve.

“Nós somos favoráveis ao secretário de Educação Rafael Parente e ao Ibaneis. Só queremos contribuir com a Educação de excelência proposta pelo GDF. Há um projeto Educa DF e dentro desse projeto existe Educação para a paz. Somos os profissionais capacitados para contribuir com esse projeto”, ressalta Flaviane.

Importância

Em uma audiência pública no dia 28 de março deste ano, na Comissão da Educação da Câmara dos Deputados Federais, Vinícius Bonfim Cunha, representando os orientadores educacionais, na qual estava o deputado federal Professor Israel (PV-DF), que convocou a audiência, citou que a questão da orientação educacional tem que ser discutida dentro das escolas.

Segundo Bonfim, o orientador educacional tem o papel de desenvolver projetos de prevenção ao bulling, de cultura de paz, que “venham trazer a comunidade para dentro da escola com o objetivo de sanar esses problemas que hoje em dia vem assolando a nossa sociedade, infelizmente”.

Hoje, o GDF possui um plano de carreira que contempla 1.200 orientadores para toda a rede de ensino do DF. De acordo com Bonfim, são insuficientes.

“Esse número é defasado e não comporta a demanda de alunos que temos no Distrito Federal”, disse ele, acrescentando que cabe ao orientador fazer o elo entre a comunidade e as escolas tocando projetos “para que casos como de Suzano (chacina na escola local em São Paulo) não venham a acontecer dentro da nossa sociedade.”

Bonfim lembrou que o quadro de 1.200 orientadores não se encontra completo. Há escolas com mais de mil alunos, funcionando três turnos e não tem nenhum orientador.

“É o caso da Escola Classe n° 66, em Ceilândia, que é no Sol Nascente. Uma área de vulnerabilidade e lá não tem orientador educacional. A gente precisa conscientizar o governo de que esse profissional é importantíssimo dentro das escolas, para que se possa erradicar sérios problemas nas escolas, especialmente casos de violência contra os alunos, professores entre toda a comunidade”, ressaltou o orientador educacional.

Prazo de validade

Ele lembrou que o concurso perde prazo de validade no dia 7 de maio e “só há a previsão de contratação de 468 orientadores educacionais “o que é pouco”.

Há, de acordo com Bonfim, um cadastro com profissionais capacitados e que só precisam da boa vontade do GDF para zerar o número de orientadores desse cadastro e contratá-los também”.

O GDF alega que está descapitalizado para promover nomeações. Porém, a realização de um outro concurso trará outros prejuízos para sociedade e ao governo por conta do custo elevado para realização de um concurso. E ainda pela demora da implementação da educação de excelência, proposta do Educa DF, pelo governo.

Os orientadores educacionais contam com o apoio do vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrital Federal , Rodrigo Delmasso (PRB) e o advogado Washington Dourado, além do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Simpro-DF).

“Vale lembrar que nenhuma sociedade avançada conseguiu se desenvolver sem investir seriamente em educação como está citado no projeto Educa DF”, salientou Flaviane.

“Una-se a nós nessa luta para zerar o cadastro desse concurso tão importante para a Educação, que vence em maio de 2019”, convocou Flaviane. Ela pediu para que os interessados em comparecerem ao ato no sábado, às 9h, em frente ao Palácio do Buriti, usem camisetas brancas.

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