Aumento de PMs e Bombeiros tem causado debates nas casernas

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Por Poliglota…

Ao que tudo indica, o governador Ibaneis Rocha (MDB), por mais vontade que tenha de cumprir suas promessas de campanhas, não vai ter vida fácil quando o assunto for o aumento das forças militares do DF PM e BM previsto para ser anunciado na próxima semana.

Essa semana ele anunciou o aumento dos policiais civis (paridade com a PF) dividido em 6 vezes, totalizando o percentual de 37%. Agora em 2019 será aplicado um percentual 5% em abril e 5% em setembro; em 2020 13% dividido em abril e setembro e em 2021 14% dividido em abril e setembro.

Nas casernas o descontentamento com o que já foi divulgado até o momento é grande. Sim, porque pelo que estão programando, segundo os bastidores da política, a intenção é incorporar o Auxílio-moradia que os militares recebem a título indenizatório ao soldo integral dos militares e a partir daí conceder o reajuste. No entanto, técnicos da corporação que estão agregados em associações de classe afirmam que isso não se traduzirá em aumento real paritário conforme foi prometido pelo governador Ibaneis à época de campanha, ou seja, o mesmo percentual seria aplicado a todas as categorias de segurança pública do DF (37%).

Tudo porque com essa possibilidade de incorporação do Auxílio ao soldo dos militares, automaticamente já haverá uma perda significativa em torno de 27,5% incidido sobre o Imposto de Renda, coisa que atualmente não acontece por tratar-se o atual modelo de uma verba indenizatória, sem descontos. Na alegação dos militares, em se tornando verba remuneratória a perda será consequência automática e o governador tem a obrigação, junto com sua equipe técnica, de se antecipar e fazer a compensação desses percentuais de perda acrescentando esse percentual ao reajuste final.

O presidente da ASOF (Associação dos Oficiais da Polícia Militar), TCel Nayme, em áudio divulgado nas redes sociais (ouça abaixo), demonstrou a preocupação pelo fato dessa concretização trazer mais problemas aos militares.

Na avaliação dele um dos grandes problemas de desmotivação dentro das corporações é o endividamento dos seus membros. “Muitos suicídios estão relacionados à crises financeiras e uma perda abrupta nesse momento torna-se uma situação muito preocupante, até por que não foi apresentado, ainda, nenhuma solução por parte do governo para que essa questão seja tratada de uma forma mais ampla onde possibilite ao militar recuperar-se financeiramente e dar sequência às suas responsabilidades familiares”, disse.

Espera-se que não, mas pelo visto essa questão ainda deverá ser mais debatida onde atenda plenamente as expectativas das corporações militares, conforme foi prontamente prometido pelo governador Ibaneis Rocha ainda em campanha.

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