Ceilândia: ano letivo começa com mais da metade das escolas reformada

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Muitas delas sequer tinham passado por grandes reestruturações desde que foram construídas.

 

Por Hédio Ferreira Júnior

É tanto forro novo para ser colocado, telha sendo trocada, banheiros reformados e pisos totalmente substituídos que as obras nas escolas públicas de Ceilândia ainda estão a pleno vapor no início do ano letivo. Em 3 de fevereiro chegam os professores para a definição e escolhas das turmas, mas só uma semana depois disso é que milhares de estudantes voltam às aulas no Distrito Federal. Encontrarão as unidades de ensino em ordem e revitalizadas.

Na região administrativa mais populosa do DF, 50 das 97 escolas estão passando por manutenção. Além das reformas já mencionadas, várias unidades de ensino estão sendo pintadas, tiveram a rede elétrica renovada e os encanamentos trocados. Rampas de acessibilidade também estão sendo construídas em algumas delas. Os trabalhos, retardados pelo período de chuvas, seguem aceleradamente.

“Os alunos chegam com outro astral. E nós, professores e coordenadores, trabalhamos com muito mais disposição”Neusa Araujo, diretora da Escola Classe 50

Na Escola Classe (EC) 50, a diretora Neusa Araujo Corrêa conta nunca ter visto tantas mudanças na estrutura da unidade de ensino, onde trabalha há 22 anos – desde 2016 na coordenação. O piso, antes todo irregular, agora está uniforme, feito em granitina. A rampa de acesso improvisada pelos pais agora é em alvenaria e facilitará a locomoção de dois alunos e uma mãe cadeirante que frequentam a escola. Por lá a quadra também foi pintada, além das paredes e portões, que ganharam cores novas.

“Os alunos chegam com outro astral. E nós, professores e coordenadores, trabalhamos com muito mais disposição”, comemora Neusa. De acordo com informações da Regional de Ensino de Ceilândia, a unidade tinha uma das piores estruturas da região.

“As unidades de ensino de Ceilândia viraram canteiros de obras durante as férias. São muitas mudanças promovidas, o que vai melhorar as condições de estudo dos alunos e a de trabalho dos professores”, afirma o diretor da regional, Marcos Antônio de Sousa.

Sala nova em folha: apenas as cadeiras estão de pernas para o ar na Escola Classe 29  | Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Primeira reforma

Muitas obras foram iniciadas em janeiro, após o recesso escolar e as festas de final de ano, e algumas de maior proporção continuarão após o início das aulas. É o caso da EC 52. Todos os quatro blocos da unidade de ensino terão as placas de concreto substituídas pela granitina. Já o material retirado será reaproveitado no estacionamento.

Os telhados receberão placas de PVC para conter o calor, as estruturas elétrica e hidráulica serão renovadas e toda as paredes pintadas. Em 40 anos de construção, é a primeira vez que a unidade é reformada.

O diretor Carlos Henrique Castro e seu vice, Antônio Eliseu de Oliveira, vão se reunir logo nos primeiros dias de aula com os pais dos alunos. “Vamos explicar a eles a magnitude e importância dessa reforma e pedir para que tenham paciência neste primeiro semestre, período previsto de conclusão”, avisa Castro. “Não queremos remover os estudantes para outro local nesse período, o que seria um transtorno para todos eles.”

Escola Classe 50, no PSul, passou por uma grande reforma para receber a comunidade escolar  | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Tudo pronto

Na EC 12 já está quase tudo pronto para receber os alunos. O telhado sem forro que deixa abafado parte do pátio está prestes a virar coisa do passado. As placas de PVC já estão prontas para serem instaladas e o piso foi trocado, assim como a estrutura elétrica.

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Já na EC 29 os alunos devem ter uma surpresa. Com pintura nova e banheiros reformados, a diretora Adriana Teirxeira de Araújo comemora o fim das goteiras que por anos molhavam as salas de aula. “Isso aqui mudou demais. Estou na escola desde 2000 e só agora vejo tantas melhorias”, alegra-se.

Os recursos das reformas promovidas pelo GDF nas escolas de Ceilândia fazem parte da manutenção prevista pela regional de ensino e de repasses do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf). Outra parte vem de emendas parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

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