Distrital denuncia comportamento de policial em sala de aula em escola militarizada

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Durante a sessão da Câmara Legislativa desta terça-feira (12), o deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) denunciou o comportamento abusivo de um policial militar em sala de aula no Centro Educacional 07 de Ceilândia, onde foi instalado o sistema de gestão compartilhada. Em áudio apresentado pelo distrital em plenário, uma professora reclama de um sargento que estaria fazendo “advertências indevidas” aos estudantes dentro da sala de aula, além de estar “desautorizando” a própria docente no ambiente educacional. A denúncia levantou, mais uma vez, discussão sobre a gestão compartilhada nas escolas. (Ouça áudio)

“Essa é uma situação que não pode acontecer, que não pode se repetir”, pregou Veras. O deputado voltou a criticar o modelo proposto pelo governo do Distrito Federal, por estar inserindo na área escolar policiais militares “que não foram capacitados ou passaram por qualquer qualificação” para desempenhar a função naquele ambiente.

“A sala de aula é o santuário do professor e da professora. Um policial não pode intervir nesse espaço”, avaliou Chico Vigilante (PT). A deputada Arlete Sampaio (PT) também repudiou o fato denunciado e defendeu que o GDF deveria “desistir” do projeto: “A gestão compartilhada é um equívoco”.

Na mesma linha, o deputado Leandro Grass (Rede) disse que o modelo é um “fracasso”. Ele lembrou, ainda, outras denúncias envolvendo as escolas militarizadas, como os casos de assédio sexual e de uso excessivo da força por parte de policiais.

Por sua vez, um grupo de parlamentares questionou a denúncia apresentada por Veras. “Um sargento foi citado e não foi ouvido. É preciso cuidado para não fazer um julgamento precipitado”, afirmou a deputada Júlia Lucy (Novo). Roosevelt Vilela (PSB) também defendeu o agente de segurança e o sistema implantado em alguns centros de ensino do DF: “É muito arriscado tentar desconstruir esse modelo”.

Segundo o deputado Delmasso (Republicanos), uma pesquisa das secretarias de Educação e de Segurança Pública aponta que 90% dos professores das escolas compartilhadas aprovam o sistema e se sentem mais seguros. “Um fato errado não pode prejudicar todo o modelo”, defendeu.

Para o líder do governo na Casa, Cláudio Abrantes (PDT), “o fato denunciado, se comprovado, tem de ser punido, mas não pode servir para condenar todo o sistema”. (CLDF)

 

Segundo relatos nas redes sociais professores do Centro Educacional 07 de Ceilândia, mostram outra versão do episódio ocorrido na escola. Veja abaixo:

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