Por Marília Marques e Marcelo Parreira
O Distrito Federal tem 1.201 candidaturas registradas para as eleições de 2018. O número é 7,4% maior do que o total de concorrentes no período anterior, em 2014. Fazendo a média de todos os perfis, o “candidato médio” é homem, pardo, empresário, casado e com curso superior completo.
O padrão é um contraste com a maioria dos 2 milhões de eleitores da região, que é formada por mulheres, pessoas solteiras e sem formação universitária. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Veja comparação entre os perfis dos candidatos e os eleitores no DF:
Pardos e brancos
O levantamento também mostra que, diferentemente de eleições anteriores, a maioria dos candidatos (533) se declarou parda no pleito deste ano. A quantidade é ligeiramente superior ao quantitativo de candidatos brancos, 530. Em 2014, mais da metade dos candidatos era branca (52%).
Veja perfil dos candidatos por raça/cor:
Em números relativos, a participação de pardos na candidatura subiu 7,2 pontos percentuais na comparação com 2014, período em que o TSE passou a informar a raça dos candidatos.
Entre os postulantes ao Palácio do Buriti, só um candidato a governador (Renan Rosa, do PCO) se declarou pardo. Os outros 11 se declaram brancos.
Empresários
Outra diferença das eleições 2018 no DF para o pleito passado é de que, neste ano, profissionais autônomos resolveram participar mais ativamente da política. Em números absolutos, o número de empresários candidatos passou de 95 para 122.
Ignorando a categoria “outros”, os empresários também passaram da segunda para a primeira posição entre as ocupações mais comuns, substituindo o servidor público distrital – que caiu, neste ano, de 123 para 87 candidatos.
Além disso, há 89 servidores federais concorrendo a um novo cargo público, 87 advogados, 38 professores e 31 aposentados.
Grau de instrução
O nível de escolaridade entre os candidatos das eleições de 2018, no DF, é um dos pontos de maior disparidade na comparação com o eleitorado. Segundo o TSE, a cada 10 candidatos, em média, 6 têm ensino superior completo e outros 3 completaram o ensino médio.
Enquanto isso, segundo o TSE, no DF há quase 80 mil eleitores que apenas leem e escrevem. Eles correspondem a quase 4% do total.
Outros 18,5 mil são considerados analfabetos. Entre os candidatos, há duas pessoas que sabem apenas ler ou escrever o próprio nome. No levantamento agregado do TSE, não é possível apontar a quais cargos estes políticos concorrem.