Eurípedes Filho é afastado da presidência do PROS

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Partido inicia processo de limpeza a começar pelo afastamento de Eurípedes Filho da presidência, na qual gerou muitos e graves constrangimentos para os filiados.

Por Josiel Ferreira e Maurício Nogueira

O castigo vem a cavalo diz o dito popular. Para o ex-presidente nacional do PROS, Euripedes Júnior, o cavalo chegou. Neste sábado (sábado) ele foi destituído da presidência nacional da legenda, durante reunião do Diretório Nacional.
Com investigação em curso onde é acusado de desviar recursos dos fundos partidário e eleitoral e de lavagem de dinheiro pela Polícia Federal, respondendo processo por agressões à filha entre outras graves irregularidades, não restou outra alternativa à legenda a não ser o afastamento.
Mas o cavalo do ditado popular não o contemplou com o afastamento do partido unanimemente. Em meio a escândalos, o ex-presidente do PROS a qualquer momento pode ser preso.
O partido resolveu iniciar uma nova fase, fazendo uma “limpeza” na legenda. Por estar foragido da polícia, Eurípedes fez-se representar na reunião do diretório do partido pelo seu advogado.

No local da reunião, foi notória a presença de diversos seguranças e de uma corporação da Polícia Militar para garantir a integridade física dos integrantes do PROS.

Agressões à filha

Além desse tem outro motivo para o castigo. A filha o acusou de tê-la agredido no dia 8 deste mês na cidade de Planaltina de Goiás.

O motivo foi desentendimento relativo à um automóvel de propriedade do então presidente do PROS. Ao prestar depoimento na Delegacia de Planaltina de Goiás, a filha de Eurípedes contou que a relação entre ambos deteriorou a partir de 2017, quando houve a separação da mãe, quando ele interrompeu o pagamento da faculdade e a demitiu do serviço. Ela afirmou também que não se comunicaram por ano.

O contato foi restabelecido em 2018. Na quarta-feira (8), Eurípedes pediu para a filha para ela ir sede do partido para pedir que vendesse o carro por R$ 15 mil, valor bastante inferior o preço de mercado. Após dizer que não concordava com a negociação do veículo, ela conta que “para não brigar, se levantou e saiu”.

No depoimento consta que Eurípedes tomou a chave da mão da jovem e lhe deu “tapas e pontapés”.Quando a filha Eurípedes conseguiu entrar no carro, ela a retirou do interior do carro e jugou-a ao chão. Foi aberto processo baseado na Lei Maria da Penha e Eurípedes terá que responder pelas agressões à própria filha.

Limpeza

O PROS divulgou nota à imprensa justificando o afastamento de Euripedes, no processo de limpeza da legenda.

“Desde 2015, quando Eurípedes Júnior adquiriu um helicóptero no valor de R$ 2,4 milhões para uso pessoal e com recursos do Fundo Partidário, os membros do diretório nacional e a maioria dos filiados passaram por um grande constrangimento público, tendo como consequência considerável número de desfiliações. Inúmeros foram os apelos, na época, para que o então presidente declinasse da compra ou do uso da aeronave, sem êxito”, traz de nota. Além disso, segundo partido, depois da denúncia e dos pedidos, conforme integrantes do PROS, a legenda passou a ter uma administração ditatorial, “sem democracia e transparência, guiada por interesses pessoais do presidente e seu restrito grupo político, que não chega a 10 membros”, acrescentou o partido.
Os dirigentes ainda decidiram suspender o Diretório Nacional e nomear uma Comissão Executiva Nacional Provisória, que vai ficar à frente da sigla até a realização de uma Convenção Nacional, na qual será escolhida nova cúpula.
Constrangimentos

Em nota, o partido afirmou que passa, desde 2015, por grandes “constrangimentos” e um “considerável número de desfiliações”.

Entre os constrangimentos consta das atividades dignas de nota do presidente da legenda a compra “para uso pessoal”, de  um helicóptero que custou R$ 2,4 milhões com recursos do Fundo Partidário. A nota também citou a compra de aviões e imóveis luxuosos, o que chamou atenção da imprensa.

Em 2016, Euripedes amealhou uma série de acusações. Foi alvo da Operação Partiallis, em 2018, chegou a ter o mandado de prisão expedido, se entregou à Polícia Federal, graças à lei eleitoral escapou de ser preso.

Desvios de verbas

Em 2019, investigações da Polícia Federal indicaram desvios de mais de R$ 5 milhões em dinheiro público, que deveria ser destinado à manutenção da sigla e às campanhas de candidatos do Pros. Foi acusado pela Polícia Civil de Goiás acusou o então presidente de lavagem de dinheiro, no ano passado.

“De acordo com as investigações, duas empresas “laranjas” receberam mais de R$ 4 milhões do PROS, numa operação de lavagem de dinheiro”, diz a nota.

O partido classificou, ao longo da nota, a gestão de Euripedes como patrimonialista. Com sinais evidentes de “riqueza”. Inclusive com hospedagem em “hotéis de luxo, aquisição e uso pessoal de imóveis luxuosos e o uso de diversas empresas em operações duvidosas”.

O  PROS ainda acrescentou no documento que em agosto deu oportunidade de defesa a Eurípedes durante processo interno, o qual não fora contestado pelo então presidente da legenda.

Documento da Executiva Nacional dos Pros  – destitui presidente por graves irregularidades.

 

14

 

Certidão de Suspensão de Filiados do PROS:

 

Ata da reunião do diretório Nacional do Partido Republicano da Ordem Social – PROS:

Confira imagens da reunião que destituiu Eurípedes da presidência do PROS:

 

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