Ibaneis explica polêmicas Instituto Hospital de Base e nomeação de Cristiano

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Por Maurício Nogueira

O governador do Distrito Federal foi questionado nesta quinta-feira (10) quanto a algumas contradições na campanha eleitoral que reverberaram recentemente. Uma delas a volta a trás na questão a eficiência do Instituto Hospital de Base. A outra é a contratação de políticos acusados por corrupção, no caso o ex-deputado distrital Cristiano Araújo (PSD), que assumirá a direção do Metrô.  Ibaneis Rocha explicou quais são os critérios em ambos os casos. Mas não poupou críticas à falta de transparência no caso da gestão hospitalar.

Em sua resposta, no caso do Instituto Hospital de Base negou que tenha mudado o discurso. “Eu não mudei de ideia. Em relação ao Instituto Hospital de Base quem observar bem o que eu dizia, era que o modelo não era compreendido. E por várias vezes eu questionei o governador Rollemberg o que era o Instituto Hospital de Base? Ele não conseguia explicar. Eu insisto, tanto eu já falei que vou mandar um projeto para alterar. O que falta ali dentro do Instituto é transparências nas compras e nas contratações.”

Dedo nas feridas

Ibaneis cita, ainda, que não há um modelo no Instituto de como serão feitas as licitações do conhecimento das empresas. “Eu escutei do presidente do Instituto, por exemplo, que a licitação do Instituto Renal que vai ser feito ali da frente da emergência, ele achou por bem colocar 20 dias, mas que as outras o padrão era 10. Isso não pode acontecer. Você não pode surpreender nem o empresário, nem a população”, antecipou ele.

O governador também realçou que irá providenciar as alterações necessárias. Também enfatizou que nunca havia dito que eu iria dar cabo ao modelo de gestão. Lembrou que afirmará, durante a campanha que conheceria primeiramente, e posteriormente faria alguns ajustes.

“Agora, que faltava transparência, eu continuo afirmando, falta transparência. E no nosso governo, nós vamos modificar esse modelo. E tem uma coisa muito importante na questão do Instituto. O Instituto, como sempre eu disse na campanha, ele é uma ilha de excelência. Existem ali, pouquíssimas pessoas sendo atendidas. E a resposta está aí, a sociedade vendo a dificuldade toda”, explicou.

Ele pretende “verticalizar o modelo”, que é bom segundo o próprio governador. “Essa proposta, que nós estamos encaminhando à Câmara Legislativa,  é exatamente nesse sentido. Vamos transformar ele na gestão estratégica dos hospitais do Distrito Federal. E de imediato, vamos entregar seis UPAs, para administração deles e Hospital de Santa Maria porque é a maneira que nós temos de dar respostas rápidas à sociedade”, antecipou Ibaneis.

Crisitiano é exceção

Já no caso do secretário Cristiano, Ibaneis disse não iria nomear ninguém suspeito que fosse acusado de corrupção. Na visão do governador, o deputado distrital Cristiano Araújo é investigado e não condenado, a além disso é uma exceção. Ele justifica que já tiveram outros que foram absolvidos nesse mesmo caso e que analisou o processo. Não encontrou prova de que Cristiano “tenha participado daquilo”.

“Tive o cuidado, como advogado, de ler o processo, conversar com os advogados, pegar a sentença dos que já foram julgados. Os que já foram julgados foram absolvidos nesse caso. Então, quero deixar bem claro que isso é uma exceção. É uma pessoa da minha extrema confiança, que eu tenho certeza que vai cumprir o que foi designado para ele com muita honra e não vai decepcionar a sociedade do Distrito Federal”, detalhou.

Condenado, sem perdão

Ao ser indagado se Cristiano estará fora do governo caso seja condenado, Ibaneis respondeu: “Se ele se tornar condenado, ele está fora do governo, imediatamente. O que eu quero dizer é o seguinte, nós não podemos comparar o caso do Cristiano com o caso do Geddel Vieira Lima que foi pego com R$ 52 milhões. As provas são muito claras nesse caso”, arguiu.

O ex-deputado distrital é réu por corrupção passiva na Operação Drácon  que investiga distritais que teriam recebido de propina em troca de emendas parlamentares. O Ministério Público pretende levar os processos para a primeira instância neste mês.

Cristiano ainda fora acusado pelo Ministério Público de envolvimento em um esquema de fraudes na concessão de bolsas de pesquisa científica na Fundação de Apoio à Pesquisa do DF.

No entendimento do governador ser “acusado só, qualquer um pode ser”. Lembrou ainda que o Ministério Público, “graças a Deus”,  tem todos os instrumentos, o direito de denunciar quem ele quiser.

Pingo no oceano

“O recebimento da denúncia é um ato simples da Justiça. Primeira coisa, se tiver alguma possibilidade, todo o juiz recebe denúncia. Você ter provas dentro do processo é diferente. Pode arquivar, o próprio Ministério Público na fase posterior, ele mesmo pode pedir o arquivamento, como eu já vi vários casos. Vocês estão querendo dar destaque a um pingo no oceano. Eu acho que nós temos um governo que está funcionando, está dando respostas à sociedade.

Ibaneis fez um apelo em defesa de sua administração e pediu “um pouquinho de credibilidade a esse governo que começa a agora”.

“Estou trabalhando com muito esforço para a gente fazer as coisas darem certo. Então, eu quero contar com a população, com a imprensa, o momento, agora, é de a gente trabalhar juntos para melhorar essa cidade. Esse passado dessa cidade de muito desgaste ele tem que acabar. Nós temos que nos unir pela melhoria dessa cidade, pelo atendimento. As coisas aqui não estão fáceis. Eu digo para você com toda a sinceridade, eu estou trabalhando de forma penhorada para que as coisas deem certo. Então, vamos trabalhar juntos, todos nós, que essa cidade está precisando do trabalho e da união de todos nós”, concluiu o governador.

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