Ibaneis perde a paciência com Mandetta: ‘quantas UTIs ele fez? Quantos respiradores adquiriu?’

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Apesar dos 456 casos e 7 mortes, DF está entre os que menos têm ajuda federal.

 

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), perdeu a paciência com o  ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde). “Quantas UTIs ele fez? Quantos respiradores ele adquiriu?”, questiona.

Apesar da gravidade das impressionantes 456 ocorrências e sete mortes, até agora foi mínima a presença do Ministério da Saúde no combate à doença, nessa unidade da federação.

Na primeira portaria, de 16 de março, “tudo o que o ministro Mandetta destinou ao Distrito Federal foram R$6,4 milhões”, revela o  governador, indignado

Nesta sexta(2), foram liberados para o DF R$9,3 milhões. “Isso não dá nem para comprar luvas para os profissionais de saúde”, afirmou o governador.

Ibaneis disse que somente para as compras emergenciais no enfrentamento do coronavírus, o DF necessita de R$140 milhões. “Cada aparelho respirador esta custando em média 150 mil reais e precisamos de 600”, afirmou, para destacar o volume irrisório de recursos do Ministério da Saúde.

Estranho hospital de campanha
O governador do DF também estranhou a decisão de Mandetta de custear a instalação de hospital de campanha em Águas Lindas (GO), no entorno do DF, só porque o prefeito, Hildo do Cangango, é adversário político do governador Ronaldo Caiado, que é do DEM, mesmo partido do ministro. “Isso é criminoso!”, diz.

“Em vez de hospital de campanha, Mandetta deveria liberar os R$1,5 milhão para concluir a obra do hospital de Águas Lindas, é tudo o que falta”

O governador conhece de perto os problemas do entorno, que até hoje não conta com nenhum hospital . O hospital de Águas Lindas permanece inacabado. Historicamente abandonado pelos governos estaduais de Goiás, os moradores do entorno dependem do governo do DF para ter acesso a serviços públicos.

Ao anunciar o hospital de campanha, Mandetta afirmou que o fazia para atender pedido de Caiado, que recentemente rompeu com o presidente Jair Bolsonaro, mas é seu correligionário.

“O ministro Mandetta pode continuar usando o cargo e a pandemia para fazer política, mas precisa se lembrar que a obrigação de todos nós é cuidar das pessoas e não de interesses políticos ou partidários”, afirmou o governador. (DP)

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