MP cumpre mandado de busca na casa de motorista suspeita de pagar propina a servidores do DER no DF

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Operação Trânsito Livre investiga suposto esquema de corrupção no órgão. Segundo MP, grupo receberia dinheiro para devolver carteiras apreendidas

 

Uma motorista do Distrito Federal suspeita de pagar propina para não ter a multa cadastrada e a carteira apreendida foi alvo, na manhã deste sábado (31), da segunda fase da Operação Trânsito Livre – que investiga um suposto esquema de corrupção no Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER-DF). De acordo com a investigação, servidores do órgão ofereciam a devolução de carteiras de habilitação apreendidas mediante o pagamento de R$ 1,5 mil.

A motorista é investigada pelo crime de corrupção ativa. Segundo a investigação, a mulher pagou propina ao grupo para que a infração cometida por ela não fosse inserida no sistema do DER.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do DF (Gaeco) cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa da motorista. Com o apoio do Batalhão de Operações Especiais da PMDF, eles apreenderam o celular, o auto de infração e o extrato do etilômetro com a recusa da suspeita de se submeter ao bafômetro.

O DER informou que “está cooperando com a ação do Ministério Público do DF na apuração das acusações para que tudo seja esclarecido e os responsáveis por quaisquer atos ilícitos que porventura venham a ser comprovados sejam responsabilizados e punidos”.

Como funcionava o esquema?

Homem segura Carteira Nacional de Habilitação — Foto: TV Globo/ ReproduçãoHomem segura Carteira Nacional de Habilitação — Foto: TV Globo/ Reprodução

Homem segura Carteira Nacional de Habilitação — Foto: TV Globo/ Reprodução

Segundo as investigações, o grupo procurava casos de motoristas com infrações seguidas e que estavam com a CNH recolhida.

Em seguida, um dos integrantes do esquema ligava para o condutor e oferecia a possibilidade de não inserir a multa no sistema, além de destruir a infração recebida e devolver a CNH apreendida.

Para ser beneficiado, o motorista tinha que pagar R$ 1,5 mil aos investigados. O valor representa metade da multa cobrada pelo DER-DF.

Ministério Público trabalha com três linhas de investigação

De acordo com os promotores, o único servidor do DER preso por envolvimento nas fraudes trabalha com guincho, ou seja, não tem acesso ao lançamento de multas. Por isso, o MP trabalha com três linhas de investigação:

  1. Algum agente de trânsito não lançava as multas corretamente;
  2. Algum servidor do administrativo não inseria as multas no sistema;
  3. Alguém, mais acima, retirava as multas do sistema, como se nada tivesse acontecido. G1

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