Paulo Octávio diz que o momento é de união e reflexão, mas qual a solução? Trabalho conjunto

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Por Josiel Ferreira e Maurício Nogueira

 

O empresário Paulo Octávio, conhecido como P.O. pelos amigos, em entrevista da Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal (ABBP), nesta quinta-feira (21), afirmou que encara os 70 dias de combate à pandemia do novo coronavírus como uma guerra. Declarou ainda que, ao longo de todo esse período, não pode deixar de estar no escritório trabalhando “porque muitas vezes é imprescindível a presença”.

 

No mesmo momento em que concedia a entrevista à ABBP, por volta das 10h, o presidente Jair Bolsonaro se reunia com os governadores — com uma bandeira branca para sanar as rusgas e ter foco nas ações necessárias para economia ser retomada -, o empresário pedia união e reflexão para encarar a pandemia e o período de isolamento. Ele disse ser necessário trabalhar “sem esmorecer”, principalmente, os empresários de todos os tamanhos que deverão superar muitas dificuldades, assim como o Governo do Distrito Federal. No tocante ao âmbito nacional, aconselhou que o governo federal não pode ser “tímido”, tem que investir “sem medo”.

Qual a solução?

Tudo OK Notícias quis saber sobre o impacto da pandemia na economia do Distrito Federal. Foram registrados muitos pedidos de falência e recuperação judicial. No Brasil foram 120 pedidos de recuperação judicial, aumento de 46,3%. Já no tocante a pedido de falências foi registrado um aumento de 25%. É hora de reunir todos, com o secretário Rui Coutinho e a participação do Banco de Brasília (BRB)? E a tendência é que esses números se elevem porque muitos cartórios estão fechados? Qual a solução?

Na visão de Paulo Octávio, a solução a curto prazo não existe. Até porque não é possível prever com exatidão até quando irá durar a pandemia. A solução para o setor produtivo, segundo ele, é primeiro não esmorecer. A lei favorece muito as empresas que pedem recuperação judicial para poder tentar quitar as suas dívidas.

Seguindo o raciocínio, ele entende que, em primeiro lugar, a participação do setor bancário é muito importante. É um setor que não pode pressionar e tem que entender o momento, protelar as dívidas, não pode cobrar esses juros, muitas vezes extorsivos.

Para o empresário, criou-se a mentalidade que o setor financeiro é inimigo do setor produtivo. No entanto, nas sociedades mais evoluídas na europeia, norte-americana, os bancos estão sempre ao lado do empresário, do setor produtivo. Isso porque ele sabe que sem esse empresário não vai poder sobreviver. “Existe uma vontade de não levar o setor produtivo à lona. Não adianta.“

 

Outro aspecto são as ajudas governamentais como o auxílio de R$ 800 para as pessoas mais necessitadas e desempregadas. Os Estados Unidos aprovaram, agora, U$ 13 trilhões. É investimento para que as pessoas não se desesperarem e para poderem se alimentar.

Na visão de P.O.  A missão do governo federal é dar sobrevida às pessoas e às pequenas, médias e grandes empresas. Elas não podem quebrar. Nos momentos mais difíceis, no capitalismo norte-americano o governo vai e socorre mesmo. Sem medo, comprou ações das empresas do setor automobilístico.

“O governo não pode ser tímido. O governo é o general dessa guerra. Então ele tem que comandar e tem que abrir as portas mesmo.”

Ele elogiou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que está comprando máscara, equipamento, fazendo hospital de campanha no Estádio Nacional, atendendo os velhinhos disponibilizando testes para Covid-19.

“Essa é uma participação efetiva. Tanto o governo federal quanto estadual tem que estar juntos e emanados trabalhando com afinco e gastando. Tem que gastar. E o setor produtivo tem que dar a sua contribuição.”

Ao reforçar que o momento dessa guerra contra o vírus é de união. P.O. enfatizou o empenho do Banco de Brasília (BRB).

Ainda bem que o BRB existe

“Temos que nos dar as mãos, vocês imprensa, setor produtivo, financeiro. O BRB está fazendo um bom trabalho. Tem tido resultados fantásticos. Tenho visto o esforço do presidente Paulo Henrique da Costa atento em todos os momentos, financiamentos ao setor privado, recursos para as pessoas que necessitam. Ainda bem que o Banco de Basília existe. É um banco que está ajudando. São tantas iniciativas que o BRB está tomando, entro no vale transporte, todos os setores. O BRB está muito bem comandado e atuando brilhantemente”, pontuou.

P.O. explanou estar feliz com a atuação do governo como um todo, de todos os seus secretários, do BRB, dos nossos médicos nos hospitais e unidades de atendimento como um todo. “É impressionante, um médico vai para o hospital sabendo que está cheio de gente com coronavírus, os enfermeiros, os policiais na Papuda com essa crise enorme.“

O empresário experiente fez questão de enfatizar que nessa guerra “vamos ter os nossos heróis, aqueles que realmente colocaram as suas vidas em risco, aqueles que estão trabalhando”.

Não adianta entrar na toca

“Eu passei no balão do aeroporto e estavam trabalhando. Que beleza, as pessoas todas trabalhando, dando o máximo, todos preparados, usando máscaras, luvas e tudo o mais, mas deixando a cidade bonita. Temos que continuar nos esforçando, não adianta entrar na toca e achar que vou me esconder aqui e quando afastar o Covid-19 eu vou aparecer. Não. Temos que estar presentes”, acentuou o empresário.

Ele conta que em nenhum dia, deixou de trabalhar, tomando todas as precauções. “Estou aqui todos os dias no escritório trabalhando, ajudando as pessoas, fazendo o que for necessário. Isso é importante. Sou um soldado e espero que os generais aí tomem atitudes sábias, porque no nosso caso em Brasília, as atitudes estão muito bem tomadas”, frisou P.O.

Como empresário, P.O. lembrou que  tem uma responsabilidade muito grande. Sob o guarda-chuva do Grupo Paulo Octávio estão 25 mil colaboradores.

Tem que trabalhar

P.O. reiterou que mesmo sendo integrante do grupo de risco em meio à pandemia não conseguiu as recomendações de ficar em casa. Mas seguiu todas as orientações e precauções de uso de máscaras e álcool em gel.

“Tem que trabalhar. Assim como eu, vejo vocês jornalistas empenhados em trabalhando dia e noite todos os dias acompanhando o governo, as vítimas do Covid-19. Assim como eu, vejo os policiais, os médicos. Existem categorias de pessoas que são imprescindíveis para o funcionamento da economia, da sobrevivência das pessoas”.

Colaboração contra Covid-19

Segundo o empresário, o Brasil não pode parar. Brasília tem que continuar sobrevivendo nessa crise. E da nossa parte aqui das Organizações Paulo Octávio, estamos fazendo o possível.

Em março, assim que surgiu a pandemia fechamos o hotel Brasília Palace, oferecemos ao governador para instalar um hospital de campanha. Depois ele achou por bem levar as pessoas com mais de 60 anos para lá.

“Hoje tem 300 pessoas que estamos recebendo com carinho, que têm dificuldade, vivem em condições sem família, para evitar contaminação. É um projeto muito bonito da Secretaria de Estado daqui de Brasília. Damos os parabéns ao Ibaneis e equipe nesse sentido. Ao mesmo tempo

Shoppings

Paulo Octávio informou que nos shoppings, mais precisamente no JK em Ceilândia são recebidas as pessoas para fazerem teste da Covid-19. E no Terraço, no Sudoeste, será inaugurado um posto, cedendo ao GDF o espaço. Como se trata de ambientes controlados, os clientes podem se sentir mais seguros, devido ao comprometimento com a higienização de ambientes. Bem como o controle do comportamento dos frequentadores.

Como o empresário contribui

Aprofundando no tema de como o setor produtivo pode colaborar nessa crise, o empreendedor do setor de construção civil sugeriu.

“A minha participação como empresário dentro do setor produtivo é essa. Essa semana, por exemplo, compreendendo as dificuldades do governo, todas as empresas das organizações Paulo Octávio anteciparam os pagamentos de impostos, de IPTU, porque eu entendo que o setor produtivo podendo, tem que ajudar. O governo sozinho não pode resolver uma questão tão grande e grave como a que estamos vivendo.”

A participação do setor produtivo, dos empresários pequenos, médios e grandes, aqueles que puderem ajudar e importante entrelaçados.

“Temos que nos dar as mãos. Se não daqui a pouco o governo não arrecada, não consegue comprar máscaras, dar a eficiência aos hospitais que estão sendo criados. É importante a participação de todo o setor produtivo, neste momento tão difícil, nessa guerra que estamos vivendo. Eu quero me colocar como um soldado nessa guerra. Sou apenas um soldado que ao meu modo quero contribuir, quero ajudar. Inegavelmente é o momento mais difícil das nossas vidas.”

 União e reflexão

Uma outra dica de P.O. pertinente que corrobora com a solução para sair desse momento delicado. “A nossa geração está vivendo agora uma guerra. E nessa guerra nós temos que sair vitoriosos. Com a união. O momento é muito da reflexão.”

Para ele, todos são soldados no combate a um problema que está afligindo o mundo todo. “No Brasil teremos muitas dificuldades porque sabemos que tem muitas pessoas que infelizmente ainda vivem em condições subumanas. E são essas pessoas que estão sofrendo e vão sofrer mais.”

Lide

Paulo Octávio integra o LIDE- Grupo de Líderes Empresariais, de todo o Brasil. Representa mais 53% do PIB que tem contribuição social com o país, que investe em educação, na geração de empregos, que apostam no Brasil.

Lide é um grupo que foi criado sem nenhuma vocação de estar pendurado a qualquer coisa de governo, totalmente independente.

“Não temos nenhum centavo do governo e vivemos nessa confraternização de ideais entre setor público, setor privado, entidades civis organizadas e imprensa. A gente tenta fazer um encaminhamento, um diálogo tão importante no Brasil, que está precisando de fraternidade de união, de diálogo, de entendimento. Quero cumprimentar a todos que estão nos assistindo porque é do diálogo da troca de ideias que a gente vai tentar sair dessa crise”, disse.

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