Projeto do MPDFT que localiza fugitivos da Justiça será ampliado

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MPDFT institucionalizou projeto-piloto, que agora será reproduzido em mais promotorias de Justiça 
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios oficializou, nesta segunda-feira, 12 de agosto, o projeto Foragidos da Justiça. Com a medida, a iniciativa será aprimorada, expandida e implementada em outras unidades do MPDFT. Desde que foi iniciado como projeto-piloto, no Guará, em agosto de 2018, o Foragidos na Justiça já localizou cinco dos sete fugitivos da região, todos envolvidos em crimes contra a vida.
Um deles é Josesito Ribeiro de Oliveira, cuja busca deu origem ao projeto. Em 2016, ele asfixiou a esposa, Valdomira Sales, na frente das filhas da vítima. Após o crime, ele fugiu com a filha do casal, de três anos de idade, e abandonou a enteada de oito anos no local com a mãe morta, que foi encontrada por outra filha três dias depois do assassinato. Ele foi localizado em Cotegipe, na Bahia, em outubro de 2018 após esforço do MPDFT, que entrou em contato com a polícia local e conseguiu prendê-lo. Por meio de estratégias de inteligência, o MPDFT descobriu que filha do casal frequentava creche municipal com nome falso. Josesito foi condenado no início deste mês a 25 anos de prisão por feminicídio. 190812 foragidos assinatura ed 0029
Durante cerimônia que oficializou o projeto, a procuradoria-geral de Justiça, Fabiana Costa, lembrou que, ao viabilizar a localização de fugitivos, o MPDFT garante a continuidade do processo judicial, já que a legislação brasileira determina que o acusado seja citado, pessoal e fisicamente pela Justiça. “A medida permite ao MPDFT assumir posição de protagonismo na busca soluções. Este novo posicionamento agora está orientado para a solução de desafios e obtenção de respostas práticas e céleres em favor da sociedade”, afirmou.
Idealizador do projeto, o promotor de Justiça Gladson Viana, destaca que, além de ferramentas de inteligência e cruzamento de dados, uma das principais fontes de informação sobre o paradeiro dos criminosos é a própria população. Com base nisso, o MPDFT deve lançar em breve página em seu site destinada à troca de informações sobre os fugitivos alvos de buscas.
190812 foragidos assinatura ed 0166A expansão do projeto ficará sob responsabilidade do Núcleo do Tribunal do Júri e de Defesa da Vida, criado, no início deste ano, para viabilizar a coordenação e a unidade das promotorias do Júri, além de ajudar a desenvolver e ampliar boas práticas. “Sabemos que a impunidade é um dos fatores relacionados ao grande número de assassinatos que ocorrem no DF e no Brasil. Este projeto responde a casos concretos e soluções efetivas à questão”, destacou o promotor de Justiça e integrante do núcleo Raoni Maciel.

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