DIÁRIO DE BORDO | ENTREVISTA COM A PROTAGONISTA, GEVANI SILVA, A PROFESSORA!

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Direto da cidade de Planaltina-DF.

A vida está extremamente corrida para muita gente, e talvez, ainda um pouco mais, para os profissionais da educação e ensino, nesta nova realidade que impõe urgente adaptação às plataformas remotas, tudo para servir às famílias, aos alunos e ao Brasil.

Hoje, inicio a apresentação de algumas protagonistas da série DIÁRIO DE BORDO.

Obrigado Gevani Silva, Shophia Bittencourt, Andreia Bombom, Katia Silva, Kennya Fernandes, por disponibilizar um pouco de seu precioso tempo e trabalho, e cooperar voluntariamente com esta proposta.

A educação e o ensino transformam pessoas e países, que se permitem educar, e serem ensinados!

Com vocês, a PROFESSORA GEVANI SILVA, em sua gentil entrevista:

JV: Como você se descreve?

GS:   Sou Gevani Silva, professora de escola pública há 25 anos e amo minha profissão. Atualmente trabalho no Centro de Ensino Fundamental JK, em Planaltina – DF. Tenho formação em pedagogia e especialização em psicopedagogia e gestão escolar. Portanto, sou agente diretamente envolvida no processo de educação e ensino.

JV: Descreva seu “novo normal”, ou nova realidade como professora, a partir do “RESET”, que a pandemia deu no processo de educação e ensino, obrigando mudanças das aulas presenciaism para aulas virtuais por plataformas remotas?

GS: Minha nova realidade, que não está sendo nada normal, é desafiadora e muito difícil, pois, foi uma mudança repentina, obrigando,  nós professores, a mediar o ensino através das aulas remotas. Estamos nos reinventando.

JV: Para quais faixas etárias já lecionou? Como classifica essa experiência em relação à formação de caráter dos alunos?

GS: Já lecionei para alunos de faixa etária dos 6 aos 60 anos (Educação Infantil e Educação de Jovens e Adultos).

A formação do caráter está presente como tema transversal e perpassa todo o currículo escolar, então sempre ao elaborar as atividades, procuro relacionar com temas capazes de agregar valores aos alunos, trabalhando os conteúdos de forma contextualizada, e para isso tenho que elencar situações cotidianas  para que  possam refletir e resolver situações do meio comunitário em que vivem.

JV: Como está percebendo a realidade dos alunos e famílias, em relação ao “RESET” que a pandemia deu no processo de educação e ensino?

GS: A realidade dos alunos e famílias também está bastante difícil.  Todos os dias nos deparamos com as mais diversas situações, desde a falta de recursos tecnológicos, como celular, computadores, como acesso à internet. Muitos alunos realizam as atividades à noite, depois que os pais chegam do trabalho, com o celular.

JV: Dentre seus alunos, notou se houve quem deixasse de estudar porque a família não possui meios de fornecer Internet ou qualquer outra forma eletrônica de acompanhamento das aulas virtuais?

GS: Tenho alunos que não acompanham as aulas virtuais pela plataforma, por não possuir meios para isso. Porém, não deixaram de estudar, pois, eu juntamente com a escola, fizemos todo o esforço possível para que esses alunos continuassem estudando, através de atividades impressas e livros didáticos e literários.

JV: Quando analisa os alunos, que ideia faz sobre a diferença e importância, entre os que se dedicam mais e os que levam o ensino fundamental e médio, na brincadeira, em relação ao futuro no Mercado de Trabalho?

GS: Como meus alunos são crianças de 7, 8 anos, a família tem papel fundamental de incentivar à rotina e o hábito de estudo para que a criança perceba a importância do mesmo para seu futuro.

Eu também sempre procuro estimular e incentivar constantemente as crianças, destacando  que elas podem, através do conhecimento que estão adquirindo, conseguir ter sucesso no mercado de trabalho, resolver situações e problemáticas do seu cotidiano e dessa forma melhorar sua qualidade de vida, e ainda ajudar toda a sociedade através do seu trabalho realizado no futuro.

JV: Se você pudesse escrever uma mensagem para si mesma e guardar em uma cápsula do tempo para abrir daqui a 10 anos, quais seriam os três desejos para melhoria do processo de educação e ensino, que em 2030 gostaria de ver realizados?

GS: Maior valorização da educação e do professor;

Práticas e metodologias que melhorem a eficiência da aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais do aluno; e

Ambiente escolar de melhor qualidade, aliado às plataformas de ensino com acesso digital a todos os alunos.

JV: Como se sentiu ao ser convidada para participar da série DIÁRIO DE BORDO?

GS: Eu me senti muito feliz, por ter a oportunidade de representar a classe dos professores, a qual, me orgulho de fazer parte.

JV: Como foi seu processo de observação, para fazer o seu DIÁRIO DE BORDO?

GS: A observação partiu das minhas ações e acontecimentos cotidianos, da reflexão sobre esses acontecimentos e do impacto na minha prática pedagógica e na aprendizagem dos alunos.  O ato de ensinar e aprender, é um processo de contínua reflexão do professor.

JV: Que resultados gostaria de alcançar com os relatos de seu DIÁRIO DE BORDO?

GS: Gostaria de maior valorização do trabalho do professor, que se reinventou, buscando novas formas de ensinar, em meio a tantas dificuldades, medos e incertezas.

As aulas remotas exigem uma carga maior de trabalho, pela falta de habilidade com recursos tecnológicos e ferramentas virtuais, tornando complicada a gestão do tempo dedicado ao trabalho e à família, na nossa rotina diária.

JV: Que mensagem quer deixar para os alunos, principalmente de escolas públicas,  que se vêm obrigados a se adaptarem a esta nova realidade imposta pela pandemia do Coronavírus?

GS: Que eles sejam protagonistas da sua aprendizagem, busquem, estudem, aprendam, ensinem, tenham autonomia, e não desistam dos seus sonhos, mesmo diante dos desafios e dificuldades que surgirem pelo caminho.

JV: Faça um convite para que as pessoas acompanhem a série DIÁRIO DE BORDO?

GS: O cenário da Covid -19 no Brasil, trouxe grandes impactos na educação, que ficarão marcados na história, antecipando um tempo de reflexões e mudanças significativas no processo de ensino e aprendizagem.

Não sabemos ao certo como será o futuro, mas hoje estamos construindo e fazendo parte dessa mudança. Estamos aprendendo, na prática,  a repensar novas formas de se fazer educação. Convido você a acompanhar por um período minha rotina de trabalho, minhas experiências, sentimentos, frustrações, conquistas, reflexões e desafios vivenciados na pandemia.

 

Por Judivan Vieira

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