Golpe e mestre

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Por Carlos Arouck

 

Uma vezes escrevi que o Bolsonaro não está jogando xadrez e sim GO, que é o jogo de estratégia mais difícil que existe no mundo. A nova transferência do Coaf para o Banco Central foi um quase xeque mate do Presidente, junto ao Guedes e Moro – os três homens fortes.

Quando Bolsonaro tentou no início de seu mandato, por meio da Reforma Administrativa, transferir o Coaf para o Ministério da Justiça, houve críticas e interferência do Supremo e do Congresso.

O Coaf retornou ao Ministério da Economia, apesar da relutância do Ministro Paulo Guedes, que sempre deixou claro que o órgão não deveria permanecer ali. Na época, a oposição vibrou com o que consideraram uma derrota para o governo. Agora, sua vinculação ao Banco Central representa uma vitória estrondosa.

A medida provisória revoga o artigo da lei que regula atualmente o Coaf, segundo o qual a composição deve ser de “servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência”.

Hoje, a partir da edição da MP, eles devem integrar o quadro de pessoal efetivo do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria Especial da Receita Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Polícia Federal, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar e da Controladoria-Geral da União (CGU), indicados pelos respectivos ministros responsáveis pelas pastas.São pessoas entendidas em fiscalizar ativos e passivos, transferências bancárias internacionais, ações, seguros…

Existe desinformação demais com esse assunto, exatamente pela importância de sua atuação no combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e a abusos. A verdade é que essa é a melhor escolha e o governo conseguiu seu intuito agindo com paciência e estratégia. Agora, ficará mais fácil fiscalizar desvios financeiros criminosos.

* Policial federal, Carlos Arouck é formado em Direito e Administração de Empresas, instrutor de cursos na área de proteção, defesa e vigilância, consultor de cenários políticos e de segurança

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