“Vocês têm dúvida que o governo do Rio está atrás de mim?”, questionou o presidente.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, em entrevista a jornalistas, que conduziria “muito melhor” o inquérito do assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, em março do ano passado.
Bolsonaro também acusou o governo de Wilson Witzel de tentar incriminá-lo no caso. As declarações foram dadas neste sábado, na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.
“Vocês têm dúvida que o governo do Rio está atrás de mim? Vocês têm dúvida disso? Olha o caso do porteiro. Com todo respeito, acho que vocês não são delegado de polícia, nem eu, (mas) eu conduzia muito melhor o inquérito. Me acusar numa quarta-feira de eu ter recebido um telefonema de um suspeito de ter matado Marielle, eu estando em Brasília, pelo amor de Deus”, ressaltou Bolsonaro.
O presidente se referiu ao depoimento de um porteiro do seu condomínio, que havia relatado à Polícia Civil do Rio que Élcio Queiroz, preso sob suspeita de ter executado o crime, esteve no condomínio de Bolsonaro no dia do assassinato e teria informado que iria à casa do presidente.
Mais tarde, o Ministério Público do Rio constatou que Élcio esteve lá para ir à residência de Ronnie Lessa, o outro suspeito de executar o assassinato.