Embaixada do Brasil ainda não se pronunciou sobre os pedidos de ajuda feitos por brasileiros que vivem na Bolívia, para deixar o país. Fake news circulam em redes sociais.
Em Santa Cruz de La Sierra, por exemplo, são milhares de estudantes do Brasil preocupados com o futuro e sem respostas do Consulado, que disse que não pode se comprometer a responder sobre validade de vistos, multas e situação migratória, já que essa é uma questão interna da Bolívia e que é preciso aguardar os desdobramentos em relação a vacância na presidência.
Apesar desse clima, a situação na cidade é tranquila. É isso o que disse o brasileiro Andreson Gomes, em entrevista à BandNews FM.
Ele mora na Bolívia desde 2015, trabalha em uma empresa de café e conta que, há 20 dias, o país está parado: uma greve popular. Segundo ele, as pessoas tem horário para ir ao supermercado, mas não há escassez de alimentos.
Fake news
No relato, ele afirma que são os civis que bloqueiam ruas, impedindo a passagem de carros e vigiam o comércio. Andreson cita que, por lá, os grupos de conversa estão sendo contaminados por notícias falsas.
Amanda Kuajara nasceu em São Paulo mas tem dupla cidadania. Ela, que mora na Bolívia desde criança, conta que a vida segue normalmente em meio a instabilidade política e afirma que são os grupos de apoio a Evo Morales que estão promovendo atos violentos por lá.
A relação com a Bolívia é prioritária para o Brasil, que é o maior parceiro comercial dos bolivianos, principalmente nas áreas de energia e segurança nas fronteiras. Em 2018, os países movimentaram quase US$ 3,5 bilhões de em transações comerciais.
