Bretas determina bloqueio de até R$ 237,3 mi em bens de Roberto Teixeira e Zanin

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

 

O juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio de Janeiro, determinou o bloqueio de até R$ 237,3 milhões em bens de Cristiano Zanin e de seu escritório de advocacia com Roberto Teixeira.

 

A medida foi determinada no início do mês no âmbito da Operação E$quema S, que investiga desvios de ao menos R$ 151 milhões da Fecomércio do Rio para bancas de advocacia que, segundo as investigações, vendiam a Orlando Diniz influência  junto ao STJ e ao TCU.

O objetivo é ressarcir não só a Fecomércio, mas também o Sesc e o Senac do Rio, que eram controlados por Diniz e de onde a maior parte dos recursos saíram, segundo as investigações da Lava Jato do Rio, no Ministério Público Federal.

O valor cobrado de Zanin servirá, segundo a decisão de Bretas, não só para reparar os cofres das entidades, mas também como indenização por danos morais.

“Nada mais coerente que designar o montante da reparação tomando por base os valores, em tese, recebidos por cada advogado (escritório) nas supostas contratações irregulares efetivas pela Fecomércio, bem como aqueles repassados indevidamente a sujeitos responsáveis, em tese, por influenciar em julgamentos no STJ e TCU”, escreveu Bretas na decisão, cujo sigilo foi retirado hoje.

Gilmar, sempre Gilmar

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o prazo de cinco dias para o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, explicar a autorização concedida para que fosse deflagrada a operação E$quema S, que mirou os advogados Zanin, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Ana Tereza Basilio, que atua para Wilson Witzel e Frederick Wassef — que prestou serviços para a família do presidente Jair Bolsonaro.

No dia 9 de setembro, mesmo dia em que a operação foi deflagrada, Bretas aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público e tornou Zanin e Tereza réus no âmbito das investigações. Os defensores são acusados de criar uma organização criminosa para desviar recursos de empresas do Sistema S, que abrangem o Sesi, Senac e Senai.

As irregularidades, de acordo com o Ministério Público, teriam gerado prejuízos de R$ 151 milhões. Os investigadores afirmam que escritórios de advocacia eram contratados pela Fecomércio, de maneira que se evitava a fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) e do conselho fiscal do grupo empresarial.

Caixa alta

Bretas também mandou bloquear mais R$ 546,8 milhões de outros 22 advogados que também teriam se beneficiado do esquema. Depois de Zanin, o maior valor bloqueado é de Eduardo Martins, filho do presidente do STJ, Humberto Martins: R$ 171,3 milhões.

Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral, teve R$ 70,8 milhões bloqueados.

Abaixo, a lista dos valores bloqueados de cada advogado, de suas empresas e bancas de advocacia (leia aqui a íntegra da decisão):

 

Leia mais: Exclusivo: a estratégia secreta para proteger mi

Mais lidas

Vendas disparam e Terracap oferece oportun...
Bambam causa alvoroto: Desafia Neymar e Wh...
Sorteio define grupos da libertadores 2024...
...