Cartel de empresas “cegonheiras” é alvo da PF

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Força-tarefa é formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo e com a colaboração do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (17), uma operação contra a formação de cartel entre empresas de transporte rodoviário de veículos novos pelos caminhões-cegonha, conhecidos como “cegonheiros”.

Chamada Pacto, a operação foi realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo e com a colaboração do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

De acordo com as investigações, são as quatro empresas que formam o cartel. Elas teriam um pacto, que destinava um valor fixo para os fretes dos veículos, impedindo a competição e dividindo o mercado nacional entre os participantes do cartel. Desse modo, elas cobravam 30% a mais do que o valor do mercado das montadoras e das importadoras para poder entregar os carros novos até as concessionárias.

O delegado da PF, Rodrigo Sanfurgo, explica que essas empresas atuam desde 2010. “O que a investigação busca, hoje, é trazer a investigação para os dias atuais. Há vários indícios de que a prática continua em vigor, ela existe hoje e faz com que, obviamente, o preço do frete seja 30%, 40% superior ao que poderia ser praticado em um mercado competitivo, que é o que não se verifica no caso.”

“O cartel é nacional, como eu disse são empresas grandes, que tem atuação em todo o país, e com isso elas fatiaram todo o território de forma a vender esse serviço já com cartas marcadas. As novas empresas que surgem, as novas concessionárias, são todas já designadas, em esquema de rodízio, perpetuando a prática e mais: impedindo que novas empresas ingressem no mercado. Qualquer empresa que tente ingressar nesse mercado”, disse.

Foram expedidos dez mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros. Por enquanto, ninguém, foi preso, mas Sanfurgo acredita que pelo menos 30 pessoas estejam envolvidas no esquema.

”O próximo passo é buscar elementos que demonstrem quem são. Nós temos já elementos que demonstram a existência do cartel, ou seja, desse pacto, agora, quem são as pessoas que estão por trás dele?”, questiona.

Além das prisões, a PF espera cobrar uma multa tanto para as pessoas físicas quanto para as empresas que estão envolvidas.

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