Parlamentar criticou licitação que aumentou varrição de ruas com menos empregados terceirizados
O fantasma da demissão de 2.500 funcionários da limpeza urbana atormenta brasilienses e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Trata-se de trabalhadores terceirizados, que fazem a limpeza da cidade, em um quadro integrado por cinco mil mulheres e homens.
Fase final
Está em fase final uma licitação, que peca por deixar de fora serviços básicos e essenciais para a limpeza urbana.
De forma inexplicável, o edital não contemplava a varredura das ruas, pintura de meios-fios, poda de arvores, a catação e o desentupimento de bueiros.
O resultado dessa incompetência gerencial, é que 2.500 trabalhadores poderão ser demitidos. Além, de ampliar absurdamente a metragem de varrição a ser feita por trabalhador de 2.700 metros quadrados – que já é desumano – para cinco mil.
Se não houver mudança no edital será um atentado contra os trabalhadores, num momento em que o desemprego atinge mais de 13 milhões de brasileiros.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha não foge à regra. Ele já confidenciou aos mais próximos que está extremamente preocupado com a possibilidade das demissões.
A situação preocupante remonta o governo passado. Segundo o deputado distrital, Chico Vigilante (PT), que recebeu telefonema do governador Ibaneis, aproveitou para informá-lo que a licitação foi realizada de forma errada e que “Brasília não suporta mais tanto desemprego”.
“O governador se mostrou altamente sensibilizado e afirmou que está disposto a comprar a briga para que estes trabalhadores não sejam demitidos. Nesse sentido, expressei que ele terá todo o meu apoio”, ressaltou Vigilante.
O parlamentar informou se reunião com o presidente do Sindlurb, Cláudio de Oliveira, e membros da diretoria do sindicato.
Mobilização
A ideia é organizar uma mobilização da sociedade brasiliense em apoio a esses trabalhadores de forma a não aceitar, sob nenhuma hipótese, essa redução da força de trabalho na limpeza urbana.
“Acredito que o governador Ibaneis tenha coragem suficiente para cancelar essa licitação e ordenar que seja realizado outro certame e, desta forma, salvar o emprego de milhares de trabalhadores”, complementou Chico Vigilante.
