Coronavírus: ministro da Saúde desaconselha viagem à China e um caso é monitorado no Brasil

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O ministro da Saúde, Luiz Mandetta, em entrevista coletiva, nesta terça-feira (28), sobre o coronavírus, tranquilizou a população, afirmando que não há caso de coronavírus, somente uma pessoa suspeita em monitoramento.

Por Maurício Nogueira

Luiz Mandetta recomendou que as viagens à China devem ocorrer em caso de necessidade e que se evite do ponto de vista turístico de conhecimento. “O ministério da Saúde desaconselha qualquer viagem para aquele país”, frisou.

Mandetta afirmou que todos os passos sobre o coronavírus serão divulgados com relação ao cenário brasileiro no contexto da doença. Ele informou que nesta segunda-feira (27) a Organização Mundial da Saúde (OMS) que tratava o assunto restrito à província Wuhan, ela passou a tratar a China como um todo.

Ou seja, mudou a orientação da própria OMS. Na qual eram considerados casos suspeitos aqueles procedentes daquela cidade chinesa, onde estava o epicentro da situação. “Agora, a gente passa a tratar todo e qualquer eventual caso suspeito aqueles procedentes da China”, ressaltou o ministro.

Caso em Minas

Segundo Mandetta, um caso suspeito sob investigação no Brasil de coronavírus em Minas Gerais. Foram examinados mais de 7.063 rumores. Desse total, 127 deles exigiram a verificação se eles estavam dentro de padrão. Não há evidência que o vírus esteja circulando no Brasil

“Temos hoje o caso suspeito de uma paciente que viajou para a cidade de Wuhan até 24 de janeiro de 2020. É um caso importado, é uma pessoa que veio desse local. Ela apresentou sintomas compatíveis com o protocolo da suspeita. O estado geral da paciente é bom, ela se encontra estável, não tem complicação”, disse. Ele acrescentou que a paciente está em isolamento e os 14 contatos mais próximos estão sendo acompanhados. Além disso, o nome da paciente nãos será divulgado por motivos óbvios, em respeito à privacidade e de seus familiares.

Identificação 

Mandetta também informou que o Brasil tem total capacidade de identificar geneticamente o vírus, o mais importante em qualquer situação. Segundo ele, é preciso esperar resultados porque a identificação do vírus nos presta muito mais para saber se há circulação do que propriamente dito para fechar diagnóstico.

“Nesta fase agora, a gente faz dos casos suspeitos muito mais pensando se o vírus está em circulação, se eventualmente é sustentada. O tratamento segue para protocolo da Síndrome Aguda Respiratória”, destacou Mandetta.

De acordo com o ministro, o sistema de saúde já lidou com a SARS, com H1N1, não é um sistema que está sendo preparado agora. “Temos os planos de contingência, o que vamos faze é atualizar, colocar eles todos nos seus devidos patamares já que todo o protocolo já é defindo, de conhecimento de todas as equipes dos estados e municípios.”

Na próxima semana, Mandetta se reunirá com secretários estaduais de capitais, para que quaisquer dúvidas sejam sanadas.

“Vamos fazer uma tripartite, que a gente faz todos os meses, vamos fazer uma tripartite com a pauta voltada para que cada estado reafirme, refaça seus planos de protocolo, comos serão feitas as coletas, para qual laboratório vai, qual plano de tratamento e quais seriam as eventuais necessidades dos estados e municípios para fazer um enfrentamento nos cenários que nós temos.”

Como defesa na luta contra possível chegada do vírus ao Brasil, Mandetta explicou que, hoje, há um centro que monitora em caráter permanente, que é um comitê para situações em emergência que fica na Vigilância em Saúde, ficando em período integral, com uma cadeia de comando muito clara e muito bem organizada onde participam oujtras esferas de governo.

Algumas dúvidas

Com a mudança de patamar estabelecido pela OMS, elevou o grau de preparo para o coronavírus. É um quadro em que ainda existem muitas perguntas que não têm respostas claras ainda e objetivas. Tais como o tempo de transmissão, de incubação parece estar mais determinado, a sustentabilidade, o potencial de letalidade, se é um vírus mais e trato superior, inferior respiratório, o comportamento do vírus em determinadas, situações, em gestantes, crianças e meia idade, em comunidades.

“Essa perguntas nós estamos em contato permanente. Hoje, teremos a conferência com a OMS que é feita no âmbito do Ministério da Saúde e quaisquer boletins, sobre quaisquer informações que sejam sempre técnicas, científicas nós faremos aqui as nossas ponderações”, enfatizou o ministro.

A mudança de patamar faz parte de um protocolo envolvendo a escala, que vai de 1 a 3 – o nível mais elevado só é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional. São três os níveis: 1- alerta; 2- perigo iminente e 3- emergência em saúde pública.

Esse é um momento de tranquilizar a população brasileira. Não temos nenhum caso sustentado em circulação dentro do Brasil. Os pacientes que tinham alguma característica para investigação os dois eram rinovírus, típico do resfriado e por isso foram descartados. Só temos essa (paciente) que tem que aguardar pela metagenômica, que é a maneira com a qual fazemos a confirmação ou não desse caso.

Foto: Erasmo Salomão/MS

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