Em mensagem de Natal, Bolsonaro diz que ano acaba ‘sem denúncia de corrupção’

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Apesar da declaração, em 2019, foram registrados pelo menos três casos de irregularidades envolvendo a família de Bolsonaro e ministros de seu governo.

 

Em pronunciamento natalino, transmitido em cadeia nacional de rádio e de televisão, o presidente Jair Bolsonaro exaltou nesta terça-feira (24) medidas de seu primeiro ano de mandato, disse que acabou o viés ideológico nas relações comerciais e ressaltou que o ano acaba “sem qualquer denúncia de corrupção”.

O discurso foi gravado no Palácio do Alvorada e feito ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que vestia uma camiseta vermelha com a inscrição: “Jesus”. Na fala de menos de três minutos, ele também adotou um discurso religioso, ressaltando que hoje o país tem um presidente que acredita em Deus.

Apesar da declaração do presidente, de que não houve episódios de corrupção, integrantes de sua equipe ministerial foram envolvidos em denúncias de irregularidades. Em outubro, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais sob acusação de envolvimento no esquema de candidaturas de laranjas do PSL, caso revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Outro ministro de Bolsonaro, Ricardo Salles (Meio Ambiente), teve seus sigilos fiscal e bancário quebrados pela Justiça no mês passado, a pedido do Ministério Público, que o investiga sob suspeita de enriquecimento ilícito no período em que trabalhou no governo Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo.

Neste período, o patrimônio do atual ministro passou de R$ 1,4 milhão, em 2012, para R$ 8,8 milhões em 2018. Salles diz não ter receio sobre a análise de dados e disse anteriormente que seu patrimônio evoluiu por conta de um investimento bem feito.

Em novembro, o Ministério Público do Rio de Janeiro abriu um terceiro inquérito para investigar denúncias de irregularidades no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, quando o hoje senador era deputado estadual do Rio de Janeiro.

Na semana passada, o Ministério Público deflagrou operação que teve Flávio como alvo. A suspeita é de um esquema conhecido como “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa no período em que ele manteve o policial militar aposentado Fabrício Queiroz como seu empregado.

Folhapress

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