SALA DE IMPRENSA ABBP: Experiente, Caiado diz como Goiás e o Brasil se sairão após a pandemia pelo entendimento político

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Em entrevista à Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno (ABBP) entrevistou com exclusividade o governador de Goiás nesta quinta-feira (4), onde ele destacou em preâmbulo que inaugurará nesta sexta-feira (5) o hospital de campanha de Águas Lindas Goiás, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

 

 

A propósito, Caiado apontou, provocado pelo Tudo OK Notícias, como deveria ser a postura do chefe do executivo, o presidente da República, para equacionar a crise política entre o Congresso Nacional, STF e o Executivo.

E, ainda, como poderia encarar a crise social e de saúde, as quais observou figuram todas ao mesmo tempo. Ele crê que Goiás e o Brasil sairão na frente após terminar a pandemia da Covid-19, com argumentos fortes para tanto. Vale a pena conferir, abaixo, as ideias do experiente político que passou pelas mais importantes esferas políticas e tem muito a colaborar com o país.

Situação de Bolsonaro

Em sua participação, o Tudo OK Notícias aproveitou para questionar Caiado acerca do modo do presidente Bolsonaro governar. Ainda mais porque Caiado era bem chegado ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Enfim, qual análise do governador quanto à atuação de Bolsonaro. E se há a possibilidade de um impeachment.

Caiado se posicionou, afirmando que não faz parte daquele grupo de políticos tipo “encabeçado” ou “vaquinha de presépio”. E que sempre foi político que teve opinião na vida.

O governador entende que quando se diverge há interpretação de que houve rompimento. Ele explica que divergir é questão de convicção, de ponto de vista. “Modéstia a parte, eu conheço muito mais a área de saúde do que o presidente. Já disse isso a ele. Sou médico. Então eu disse a ele: “Eu não concordo essa gripe aqui no meu estado. Eu vou fazer a quarentena”.

Na visão do governador, ao discordar, nós precisamos de uma certa maneira criar uma paz politica no estado, no país que não seja “tudo o que o governador fala os deputados têm que dizer amém. Tudo o que o presidente fala, as lideranças têm que dizer amém”. Ele lembrou que o contraditório faz parte do dia a dia. Também afirmou não saber nada que possa melhorar o processo democrático se não houver lideranças que tenham capacidade de colocar os pontos para serem avaliados pelo presidente da República.

“Tanto é que eu sentei com ele (Bolsonaro), conversei com ele já várias vezes e amanhã vai estar comigo no hospital de Águas Lindas. É o primeiro hospital do governo federal. Não é obra minha é obra do presidente da República”, reforçou.

“Eu não seria justo, já que o hospital foi transferido para o Ronaldo Caiado, se eu fosse lá fazer a inauguração de algo que eu vou manter a parte médica e toda a estrutura de gasto, de atendimento, mas a obra, do hospital não é minha. Então ele vai estar lá comigo, amanhã”, complementou o governador.

Como melhor governar

A tese, para melhor governar é, em primeiro lugar, o diálogo, na opinião do experiente político goiano. Explicou que governa tomando decisões com o presidente do Tribunal de Justiça, da Assembleia, Ministério Público, Tribunal do Estado de Goiás, Defensoria Pública,  todos esses sentados à mesa discutindo com ele. “Você não pode ter nem excesso de um lado  e nem do outro”, disse.

Em relação à contenda entre poderes verificada nesses dias não pode haver, além do excesso, o “acirramento”. A persistir esse clima, quem irá sofrer com isso é a população, a democracia. “Quanto à tese de que houve excesso, então meu amigo, vamos construir.  Saindo de lado estive até altas horas com Davi Alcolumbre, com o Rodrigo Maia. O meu pensamento é exatamente esse.”

Caiado reproduziu uma conversa que teve com Bolsonaro.  “‘Vem cá o senhor vem fazer a Norte-Sul e já vai começar a funcionar esse ano. E durante 35 anos só foi escândalo de corrupção. O senhor está passando R$ 600 a todas as pessoas carentes e necessitadas do país. Injetando mais de um R$ 1 bilhão só no meu estado. O senhor está repassando a deputado federal e senador”, disse elogiando a performance do governo federal.

Caiado lembrou que cumpriu mandatos no Congresso Nacional por 24 anos. “Nunca na minha vida de deputado federal teve um milésimo do que ele deu a deputados e senadores, hoje. Quando você tinha R$ 200 mil para comprar um trator já era uma festa.  Hoje, emendas impositivas e individuais de deputado e senador são maiores que orçamentos de muitas prefeituras no país.”

“Você nesse momento está devendo R$ 120 bilhões, nossa dívida de estado e município. Prorrogando dívida de estado e município. Fazendo uma restituição parcial de ICMs, ISS, repondo FPM. De repente o governo fica sendo visto nessa, ‘ah, porque estão na rua, porque isso é uma farsa. Ei gente, pelo amor de Deus. Já que estamos dentro de uma crise, vamos mostrar o que cada um governo está fazendo. Vamos alinhar esse processo.”

Antecipação de campanha eleitoral

Na visão de Caiado, a campanha eleitoral é 2022. E quem quiser disputar em 2022, dispute. Pronto acabou. Não é possível você em meio a uma pandemia criar problema, de antecipação de eleição, crise institucional, mais ainda crise econômica com crise social.”

Para o governador essa vertente não evoluirá, pelo menos com ele. De sua parte, continuará a trabalhar para que no seu estado as pessoas possam superar as dificuldades, ter o apoio social para não passar fome.

“Recuperar e resgatar empregos. E ter leito para atender os pacientes. Esse é que é o meu trabalho. Nacional, o que eu puder intervir vai ser no sentido de colocar pauta para que ela seja votada e implantada. Esse é que é o meu objetivo com aquilo que eu tenho de vida na política nacional”, acrescentou Caiado.

A live

Na avaliação do governador, a live produzida pela ABBP foi bastante produtiva. Elogiou os participantes, que nas palavras dele são debatedores que redigem textos de jornais, blogs, rádios, televisões, são conhecedores da importância do entorno de Brasília, de que as gestões têm que ser convergentes.

Segundo ele, não existe, numa crise como essa, muitas alternativas. “Ou as coisas vão ter uma amplitude cada vez maior, buscar cada vez mais alternativas, ou poderemos assistir o que nós não queremos assistir”.

Caiado se referia à imagem de valas sendo cavadas, o cidadão não saber nem onde está seu ente querido. Já pensou isso? O vírus é invisível, mas na hora que mata alguém da família, ele torna-se visível e altamente danoso.

Antes de encerrar a entrevista coletiva, Caiado foi questionado qual seria a mensagem que deixaria para a população de Goiás e do Brasil quanto ao momento difícil provocado pela pandemia da Covid-19.

“O que eu quero transmitir a todos nessa hora que é necessário muito trabalho convergente. Construir alternativa para o cidadão. Quem não quer venha recorrer. Enquanto há vírus no Pará, em Manaus, em Fortaleza, no Rio, as pessoas não têm nem como chegar ao hospital. Essa é a mensagem que eu quero dizer. A mensagem da solidariedade, do amor ao próximo, em primeiro lugar. Segundo lugar, de otimismo, para nós superarmos essa dificuldade. A partir de julho, se Deus quiser, essa queda já passa a ser significativa. E aí, recuperaremos, rapidamente, a economia do país.”

Saindo na frente

Por fim, Caiado explicou por que a economia de Goiás e a do país vai sair à frente dos demais países. Goiás passou a ser o terceiro estado de maior produção do setor de agropecuária brasileiro. Inclusive, passando o Rio Grande do Sul.

“Mas, nós vamos aumentar mais ainda. Só não vamos dar conta de passar o Mato Grosso. Queremos chegar no segundo lugar.

Na opinião do governador, após a pandemia, ninguém vai fazer economia para comprar I-phone, para fazer viagem de turismo na Europa, ninguém vai gastar com supérfluo.

A economia voltará a reaquecer e explicou como deverá acontecer. “As pessoas vão querer ter garantia alimentar. É o mundo todo, gente, o Brasil é único país. Eu disse isso ao presidente. Único chefe de governo que pode sentar e dizer eu alimento meu povo. E eu posso alimentar milhões de outros. Só o Brasil. Não tem outro país para disputar conosco.

“Neste momento, vocês podem saber, estamos vivendo uma crise grave, uma situação social também. Mas vamos ser o primeiro país a sair da crise e recuperar a crise econômica. E aí, sim, avançaremos muito na parte industrial, tecnologia, pesquisa, porque virá, em decorrência do apoio alimentar que nós podemos dar”, concluiu, otimista, o governador de Goiás.

Brasília

Caiado considerou que Brasília passou a ser, pelas condições de ser hoje, ter várias embaixadas, as pessoas ter maior renda per capta,  isso fez com que Brasília tivesse uma disseminação comunitária muito rápida do novo coronavírus.

“Com isso, colocando em risco uma estrutura fragilizada, que é o entorno de Brasília, que até o momento que eu recebi o estado nunca teve um leito de UTI na região, um hospital estadual para atender 1,2 milhão de pessoas.”, disse Caiado, acrescentando que esse é o grande desafio.”

Caiado relatou que é um dos focos que ele tem atacado. Para tanto, irá se encontrar nesta sexta-feira (5) com o presidente da República para inaugurar o hospital de Águas Lindas, com 200 leitos. Há três semanas, segundo governador, inaugurou o hospital de Luziânia com vinte leitos de UTI, que será definitivo. “E também, nos próximos dias, pretendo inaugurar o hospital de Formosa-GO para atendimento de toda a população”, disse.

FOTO: Ascom do Governo de Goiás

 

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