O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, está otimista com a possibilidade de colocar em prática o plano do GDF para retornar às atividades econômicas com segurança e responsabilidade.
Após a 3ª Vara Cível Federal do DF negar a ampliação do funcionamento do comércio, na manhã desta quarta-feira (06), Ibaneis disse que apresentará à Justiça o plano traçado para reativar as atividades comerciais, informou a coluna Grande Angular do Metrópoles.
O GDF agendou a retomada para segunda-feira (11) assim como as regras que devem ser seguidas para evitar a disseminação da Covid-19.
“A Justiça quer saber o que vai abrir e o que será mantido fechado pelo decreto que temos pronto para editar. Não publiquei o decreto para não afrontar a Justiça”, afirmou Ibaneis. “Ela agora quer ter conhecimento e eu darei previamente a ela na visita de amanhã”, ressaltou.
Dependendo da Justiça
O governador disse que a reabertura do comércio depende da avaliação do Poder Judiciário. “Tudo depende da Justiça”, declarou.
Ibaneis refere-se à decisão da juíza titular da 3ª Vara Federal Cível do DF, Kátia Balbino de Carvalho Ferreira, que suspendeu, na madrugada desta quarta-feira (06) , a ampliação do funcionamento do comércio.
A magistrada também definiu que poderá rever o assunto após a visita de uma comissão ao Palácio do Buriti, agendada para as 10h desta quinta-feira (07). Na ocasião, o GDF deverá apresentar o plano de reabertura das atividades durante a pandemia do novo coronavírus.
A juíza federal quer ter acesso aos dados, com datas por bloco de atividades e regras sanitárias para cada ramo, referentes ao planejamento da retomada do comércio.
Permissões anteriores
A decisão não alterou as permissões dadas anteriormente pelo GDF para que alguns setores abram as portas, como óticas, escritórios de advocacia, lojas de móveis e imobiliárias.
“O que mais importa nessa decisão é a averiguação por parte do Judiciário de que tudo que fizemos foi devidamente validado e não causou qualquer tipo de risco à população”, avaliou o governador.
Para que o retorno das atividades não essenciais seja seguro e viável, os procuradores pediram que o Distrito Federal prove primeiro que a medida não prejudicará o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no DF.
Comércio em delivery em periodo de Pandemia
Segundo eles, também é preciso garantir o atendimento médico e hospitalar adequado de pacientes acometidos pelo novo coronavírus ou outras doençasHugo Barreto/Metrópoles
Leitos de UTI
O governador informou que o DF terá 800 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até junho. A previsão é que a ocupação deve girar em torno de 30% a 35%.
Curva achatando
Nesta quarta-feira, foi divulgado que, em apenas sete dias, o número de pacientes com a Covid-19 internados em UTI cresceu 73%. Eram 34 pessoas em leitos de UTI em 28 de abril e, nessa terça-feira (05/05), a quantidade saltou para 59.
Ibaneis lembrou que o DF adotou técnica de internar pessoas com o coronavírus na UTI antes do agravamento do quadro de saúde, o que gera impacto nos dados de ocupação dos leitos. “Mas, isso está refletindo também no número de mortos. Nós estamos diminuindo a nossa curva de mortos. Temos uma morte a cada dois ou três dias”, pontuou o governador do DF.