Leilão do pré-sal pode arrecadar R$ 7,8 bi em bônus

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São cinco blocos exploratórios. Um na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos. A área total dos cinco é de cerca de 8.640 km². A expectativa é de que os contratos de concessão sejam assinados até março de 2020.

Petroleiras internacionais disputam nesta quinta-feira (7) blocos de exploração de petróleo da camada pré-sal do Brasil. Um dia após o megaleilão dos excedentes da Cessão Onerosa, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza mais um leilão de partilha, na 6ª Rodada do modelo. A sessão será realizada, novamente, em um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

Neste leilão, serão ofertados cinco blocos exploratórios, sendo um na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos, onde também estavam os quatro blocos ofertados nessa quarta-feira. A área total dos cinco é de cerca de 8.640 km² e a expectativa é de que os contratos de concessão sejam assinados até março de 2020.

Juntas, essas cinco áreas podem render até R$ 7,85 bilhões somente em bônus de assinatura.

O bônus de assinatura é o valor ofertado pelo licitante vencedor na proposta para obtenção da concessão de petróleo ou gás natural, devendo ser pago no ato da assinatura do contrato de concessão, firmado pela empresa. Assim como nas demais rodadas de licitação de blocos do pré-sal, realizadas sob o regime de partilha, o valor do bônus de assinatura é fixo.

Arremata a área a empresa ou consórcio que oferecer à União o maior percentual de óleo excedente da produção a partir do mínimo exigido em edital. Esse excedente é o volume de petróleo ou gás que resta após a descontar os custos da exploração e investimentos.

Blocos em oferta na 6ª Rodada de Partilha do Pré-Sal

Bacia Bloco Bônus de Assinatura Percentual mínimo de excedente em óleo
Santos Aram R$ 5,050 bilhões 29,96%
Santos Bumerangue R$ 550 milhões 26,68%
Santos Cruzeiro do Sul R$ 1,150 bilhão 29,52%
Santos Sudoeste de Sagitário R$ 500 milhões 26,09%
Campos Norte de Brava R$ 600 milhões 36,98%

A Petrobras exerceu o direito de preferência por três das cinco áreas ofertadas Aram, Sudoeste de Sagitário e Norte de Brava. Isso significa que a estatal poderá, caso não arremate estas áreas, compor consórcio com a vencedora com participação mínima de 30%, o que a torna operadora do bloco.

  • BP Energy do Brasil Ltda.
  • Chevron Brasil Óleo e Gás Ltda.
  • CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda.
  • CNOOC Petroleum Brasil Ltda.
  • Compañia Española de Petróleos, S.A.U. – CEPSA
  • Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil Ltda
  • Enauta Energia S.A.
  • Equinor Brasil Energia Ltda.
  • ExxonMobil Exploração Brasil Ltda.
  • Murphy Exploration & Production Company
  • Petrogal Brasil S.A.
  • Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras
  • Petronas Petróleo Brasil Ltda.
  • QPI Brasil Petróleo Ltda.
  • Repsol Sinopec Brasil S.A.
  • Shell Brasil Petróleo Ltda.
  • Wintershall DEA do Brasil Exploração e Produção Ltda.

Arrecadação com leilões de blocos exploratórios de petróleo

Rodada Data de realização Arrecadação mínima prevista Arrecadação total
14ª Rodada de Concessão 27/09/2017 R$ 1,9 bilhão R$ 3,8 bilhões
2ª e 3ª Rodadas de Partilha 27/10/2017 R$ 7,7 bilhões R$ 6,15 bilhões
15ª Rodada de Concessão 29/03/2018 R$ 4,8 bilhões R$ 8 bilhões
4ª Rodada de Partilha 07/06/2018 R$ 3,2 bilhões R$ 3,15 bilhões
5ª Rodada de Partilha 28/09/2018 R$ 6,82 bilhões R$ 6,82 bilhões
16ª Rodada de Concessão 09/10/2019 R$ 3,2 bilhões R$ 8,9 bihões
Excedentes da cessão onerosa 06/11/2019 R$ 106,5 bilhões R$ 69,96 bilhões
6ª Rodada de Partilha 07/11/2019 R$ 7,85 bilhões

A Oferta Permanente consiste na disponibilidade contínua de campos ofertados em licitações anteriores que não foram arrematados ou, então, que foram devolvidos à ANP.

O segundo leilão do ano foi a 16ª Rodada, que ofertou 36 blocos, dos quais apenas 12 foram arrematados. O terceiro ocorreu nessa quarta-feira e foi considerado o leilão mais importante da história.

Os próximos leilões estão previstos somente para 2020 – são eles a 7ª Rodada de Partilha do Pré-Sal e a 17ª Rodada de Licitação.

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