Lideranças evangélicas elogiam escolha de Bolsonaro para Educação

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Deputados da bancada religiosa elogiaram a escolha do professor e pastor Milton Ribeiro para o Ministério da Educação.

O novo chefe da pasta é ligado a algumas lideranças evangélicas do parlamento, que o classificam como um “ótimo quadro” e afirmam que, apesar de atender a pautas apoiadas por parlamentares religiosos, não deve colocar a ideologia à frente de outras prioridades.

Em nota, o instituto Todos pela Educação afirmou que, se o objetivo do ministro for melhorar a educação brasileira, vai ter que fazer o contrário do que o governo federal fez até agora. A organização destaca a falta de experiência na gestão pública educacional, e questiona se Ribeiro dará sequência a uma agenda desestabilizada e voltada à guerra ideológica, ou se buscará um caminho junto aos desafios reais da educação.

Também há criticas à escolha de integrantes do governo para o Conselho Nacional de Educação. Segundo o instituto, a decisão deixa de fora representantes das redes de ensino, e adiciona fervura a um quadro já tumultuado. Para deputados de centro e oposição, a expectativa é que o novo chefe do MEC tenha um comportamento diferente dos antecessores.

O presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), afirma que a expectativa é que um “ciclo negativo” possa ser encerrado, e que o foco seja direcionado a um trabalho de articulação para lidar com os impactos da pandemia, incluindo a valorização do professor. “Existe uma agenda muito robusta, que está posta e que precisa de um olhar prioritário e exclusivo”, diz.

Já deputado Professor Israel Batista (PV-DF) aponta que a guerra cultural afastou o MEC de discussões importantes da Educação, e cobra uma mudança de posição. “O MEC precisa de uma gestão técnica e não ideológica. Espero que o ministro Milton Ribeiro resista as pressões e à guerra cultural olavista que paralisaram o ministério durante todo o ano de 2019 e todo o primeiro semestre de 2020″, afirma.

Em uma live, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso destacou a descontinuidade de ministros nos últimos anos, quando muitos nomes diferentes ocuparam o MEC, e criticou os chefes da pasta mais recentes. “É necessária uma política pública que possa resistir a essa descontinuidade, sendo que, no caso mais recente, ainda escolheram gente com ciclo civilizatório incompleto. Não se pode entregar a educação para concepções pré-iluministas da vida”, comentou.

Logo na primeira semana de Ribeiro como ministro, a Câmara dos Deputados deve votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que fomenta a educação básica no país e precisa ser renovado, pois expira no final deste ano. A atual versão do texto desagradava a gestão anterior de Abraham Weintraub, que considerava exagerada a participação da União no montante.

 

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