O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) rechaçou, nesta sexta-feira (4), a polêmica levantada nesta semana sobre ter tido um emprego em Brasília enquanto morava no Rio de Janeiro.
De acordo com a BBC Brasil, o filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, estava lotado na liderança do PTB na capital federal entre os anos de 2003 e 2004, apesar de morar no Rio de Janeiro na época.
“Não tem ilegalidade nenhuma”, frisou o deputado. “Quem disse que eu tinha que estar presente em Brasília? Eu posso ter um assessor [em Brasília] morando em Santos, São José do Rio Preto”, complementou o deputado, em entrevista à rádio Jovem Pan.
O filho do presidente argumentou que o emprego em Brasília já havia gerado polêmica na época e o caso foi requentado pela agência de notícias nesta semana.
“Se fosse algo sério, estaria respondendo a um processo, como não é, estou respondendo à imprensa”, ironizou.
Marcelo Álvaro Antônio
Eduardo Bolsonaro também comentou o indiciamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, pela Polícia Federal por um suposto esquema de candidaturas de laranjas. Ele defendeu que o caso seja investigado.
“Se estiver errado, não tem problema nenhum, ele tem que responder e pagar”, afirmou. “Se tiver problema e for comprovado, acabou, não tem que ficar passando a mão na cabeça de ninguém”, disparou Eduardo.
Contudo, o parlamentar sugeriu haver perseguição pelo simples fato de o ministro ser filiado ao PSL.
“O pessoal [imprensa] estava indo atrás do depoimento do cara que entrega o papelzinho na eleição. Se está nesse nível de detalhamento, como você pega só o ministro do PSL?”, questionou. “Parece que existe uma deliberada atenção especial ao ministro Marcelo Álvaro Antônio.”
Facada de Adélio
O deputado federal falou sobre o atentado sofrido por Jair Bolsonaro em setembro do ano passado, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele pediu que a investigação de Adélio Bispo, autor da facada, não termine e disse que não acredite que o criminoso tenha agido sozinho.
Embaixada
Quanto à indicação para a embaixada nos Estados Unidos, Eduardo repeliu a hipótese de que o cargo configuraria nepotismo.
Segundo o parlamentar, seu trabalho em Washington seria defender o governo. “Quem defende Jair Bolsonaro fora do Brasil? Quem fala lá fora é o Wagner Moura, Jean Wyllys, [o documentário] “Democracia em Vertigem”, explicou.
Ele contou que não irá para os EUA á para tomar vinho e uísque. “Não vou viver na vida boa, lá também é muito trabalho.”
A imprensa esculhamba
Eduardo garantiu que não utilizou como requisito para ser embaixador ter “fritado hambúrguer” nos EUA para que sua indicação seja acolhida pelos senadores da Comissão de Constituição e Justiça. Bem ao estilo “Bolsonarista” disparou: “A imprensa esculhamba, cortam o que querem.”