“Nem que seja de cadeira de rodas”, diz Bolsonaro sobre falar da Amazônia na ONU

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O presidente expressou que a Amazônia foi abandonada por governos anteriores e que região foi loteada e vendida para estrangeiros

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (2) que participará da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) “nem que seja de cadeira de rodas”. O presidente disse que pretende falar no evento sobre a Floresta Amazônica. A declaração ocorreu na já tradicional parada em frente ao Palácio da Alvorada, mais cedo.

Bolsonaro se submeterá a quarta cirurgia no domingo (8), como objetivo de eliminar hérnia (saliência do tecido) que surgiu no local em decorrência da facada sofrida durante a campanha eleitoral do ano passado. Os médicos estimam que ele deve ficar 10 dias de repouso. A ida nem que seja em cadeira de rodas à ONU é que Assembleia-Geral está agendada para iniciar no dia 20 de setembro, em Nova York.

Área ignorada

“Eu vou comparecer à ONU nem que seja de cadeira de rodas, de maca, vou comparecer. Porque eu quero falar sobre a Amazônia. Mostrar para o mundo com bastante conhecimento, com patriotismo, falar sobre essa área ignorada por tantos governos que me antecederam”, afirmou Bolsonaro.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse, na semana passada, que a Amazônia deverá ser um dos temas abordados na Assembleia-Geral. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) o mês de agosto teve o maior número de focos de queimada dos últimos nove anos. Para a Agência Espacial Norte-Americana, 2019 é o pior ano de queimadas na Amazônia desde 2010.

O alastramento do fogo e as imagens da destruição da floresta geraram uma crise para o governo Bolsonaro, que recebeu críticas dentro e fora do Brasil com relação a sua política ambiental.
Com interesses econômicos, o presidente da França, Emmanuel Macron, subiu o tom contra Bolsonaro. Ele chegou a afirmar que o presidente da República mentiu sobre compromissos com a preservação da floresta e com o acordo do clima de Paris.

Amazônia vendida

Em resposta ao presiedente francês, Bolsonaro cutucou-o deixando nas entre-linhas que ele tem outros interesses além do preocupação com o meio ambiente. Até porque políticamente, a gestão de Macron anda mal das pernas. E em breve enfrentará as urnas. Segundo Bolsonaro, as potências mundiais ameaçam a soberania do Brasil na região.

Bolsonaro, ainda de saída do Alvorada, reiterou que há uma ameaça à soberania brasileira na Amazônia. “Ela (Amazônia) foi praticamente vendida para o mundo. Eu não vou aceitar esmola de país nenhum do mundo a pretexto de preservar a Amazônia. Mas, na verdade, está sendo loteada e vendida”, argumentou o presidente.

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