“O presidente está enganado, está interpretando do jeito que ele quer”, diz general da reserva

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“O presidente está enganado, está interpretando do jeito que ele quer. As Forças Armadas jamais vão entrar numa aventura. O povo está dividido, o Brasil quer que cada um faça sua parte de forma responsável”, disse o general da reserva Paulo Chagas

 

A afirmação de Jair Bolsonaro que teria apoio das Forças Armadas não se traduz no que pensa alguns generais da reserva, ao menos. O presidente se manifestou nesse sentido durante manifestação realizada neste domingo (3), em Brasília.

O jornalista Chico Alves informou neste domingo (3) que alguns generais disseram que não há qualquer possibilidade de Exército, Marinha e Aeronáutica embarcarem em uma aventura antidemocrática.

“O presidente está enganado, está interpretando do jeito que ele quer. As Forças Armadas jamais vão entrar numa aventura. O povo está dividido, o Brasil quer que cada um faça sua parte de forma responsável”, disse o general Paulo Chagas, que foi candidato a governador do Distrito Federal em 2018.

Chagas disse ainda que o governo deveria direcionar as suas forças para o combate à pandemia. “Parece que ele (Bolsonaro) gosta desse tipo de confusão. Acho que tem alguma alma do outro mundo, que mora na Virgínia (referência ao astrólogo Olavo de Carvalho), que manda recados e ele acredita. Isso é ruim. Prejudica a ele e prejudica o Brasil”, avalia Chagas.

“Ele (presidente) tem apoio popular, como demonstrado hoje. Mas as Forças Armadas são conscientes da sua missão constitucional”, disse o general Maynard Santa Rosa, que até novembro era o responsável pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal. “O momento merece equilíbrio e reflexão, não precipitação”.

Reunião com generais

Neste sábado (2), Bolsonaro se reuniu com os chefes das Forças Armadas e os generais que integram sua equipe ministerial. Ele teria reclamado das dificuldades para governar devido ao que ele chama de “constante interferência do Judiciário”.

Ele ameaçou fazer uma ruptura institucional, no sentido de eventualmente descumprir determinações futuras da Corte.

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