O debate do aumento da passagem de ônibus no Distrito Federal continua. A Câmara Legislativa do Distrto Federal (CLDF) e o Governo do Distrito Federal se reposicionaram depois da CPI dos preços da passagens realizada no âmbito da câmara distrital. O GDF emitiu um decreto cujos valores, pelo menos um foi remanejado para baixo. Inclusive, com recomendações de diversos tipos encaminhadas pelo Ministério Público. Mas a grita é geral contrária ao preços das passagens por parte dos usuários.
Josiel Ferreira e Maurício Nogueira
O presidente da CLDF, Rafael Prudente, afirmou nesta segunda-feira (17) que a Casa “fez e continuará fazendo um papel dela nesse debate”. Segundo ele, houve um entendimento no passado de não se votar e o governo sinalizou que poderia acontecer. Sobre a questão do passe livre estudantil se chegou a um consenso, politicamente, que não era o momento de tratar esse tema.
“Essa questão do PDL, nós já temos jurisprudência, é o mesmo tema, o conselho especial já julgou. A oposição entrou na Justiça, a Justiça negou. Então vocês falarem, aluns deputados que falam que o PDL resolveria o problema está faltando com a verdade”, disse Prudente.
O presidente da CLDF lembrou que não se pode enganar a população do Distrito Federal e que é preciso ter responsabilidade.
“Aquilo que a gente puder fazer nós vamos fazer, aquilo que não tiver sob a nossa jurisdição, vamos dizer assim, nós nós não vamos atropelar. Esse é um processo que já foi julgado. Não adianta dizer à população que está nas mãos da Câmara Legislativa, tanto é que não sou eu só que tenho esse entendimento, não. A grande maioria dos parlamentares, inclusive houve consulta”, reforçou.
Prudente lembrou que o deputado Delmasso na primeira sessão, consultou aos líderes se houvesse entendimento da maioria de se pautar esse veto. “Esse processo sequer foi pautado, porque é inócuo. É importante deixar isso claro.”
Na época da CPI dos Transportes, o próprio Prudente participou. E de acordo com ele, foram dadas sugestões e recomendações pela CLDF. “No entanto, o governo anterior, para não dizer que não seguiu nada, contratou a auditoria sugerida pela Casa.”
Prudente recordou que o preço totalizou R$ 5 milhões e, até agora, “não temos nenhum retorno da Secretaria de Mobilidade e Transporte, daquilo do que foi implementado e sugerido pela própria empresa consultoria. E saber se esse valor foi utilizado para alguma coisa, né? Porque R$ 5 milhões com algumas ponderações e sugestões que foram feitas poderia ter reduzido algumas despesas ou a tarifa técnica do próprio GDF”.
Prudente também acrescentou que há um grupo constituído de oito servidores efetivos da Câmara Legislativa que conhecem têm o trabalho que foi feito na CPI. “Agora será dada uma nova sugestão baseada na CPI que foi feita no passado, com ideias formuladas aqui e até o final do mês serão entregues esses relatórios para o governo”.
“Esperamos que a Secretaria dê algum tipo de esclarecimento e retorno, porque eu desafio alguém, agora vão passar a entender que nós já temos acesso a entender a planilha de custos dessas empresas. Até então era um documento que ninguém tinha acesso. Vamos ver se, a partir de agora, a gente começa a entender e poder na raiz dar uma sugestão ao GDF que possa reduzir a tarifa técnica e até reduzir os preços as passagens”, ressaltou Prudente.
Tudo OK Notícias quis saber do presidente da CLDF, se ele é a favor da redução dos preços das passagens. “Claro, todos nos queremos um transporte público melhor, com ônibus melhor e com custo menor. Inclusive, ao final, vamos chamar o Ministério Público para sentarmos a mesa para que ele possa nos ajudar e ajudar o próprio governo para reduzir esses preços.”
