Operação da PF cumpre mandados em sede do PFL e gráfica de PE

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A Polícia Federal (PF) deflagrou operação cujo alvo são fraudes do PSL na campanha das últimas eleições. A investigação tem como foco se houve fraude ao recursos das candidaturas de mulheres, que por lei precisam ter pelo menos 30% dos valores do Fundo Partidário aplicado nas respectivas campanhas.

Foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do deputado federal Luciano Bivar, presidente do PSL, em Jaboatão dos Guararapes (PE), nesta terça-feira (15).Também são cumpridos mandados na sede do PSL em Pernambuco e em uma gráfica.

Ao todo, nove mandados foram autorizados pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para a Operação Guinhol, atendendo a um pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE).

De acordo com a PF, há indícios de que os valores foram aplicados de maneira fictícia e desviados para outras finalidades.O inquérito tramita em segredo de justiça.

Em nota divulgada pela PF, o inquérito apura as práticas de três crimes, “pois representantes locais de determinado partido político teriam ocultado/disfarçado/omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidários, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram fortemente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional“.

Laranjas suspeitos

O ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) é suspeito de ter capitaneado esquema de laranjas em Minas Gerais, que direcionou verbas públicas de campanha eleitoral para empresas ligadas ao gabinete dele na Câmara.

Ele é ex-presidente do diretório do partido em Minas Gerais e suspeito de ter coordenado um esquema de quatro candidaturas de laranjas no estado nas eleições de 2018.

Álvaro Antônio teria indicado ao comando nacional do PSL o repasse de R$ 279 mil para as candidatas Lilian Bernardino, Milla Fernandes, Débora Gomes e Naftali Tamar. Elas não apresentaram desempenho significativo nas eleições. Juntas, receberam 2.084 votos, o que motivou as suspeitas de irregularidades.

Foi divulgado na imprensa que, ao menos R$ 85.000 foram para as contas de 4 empresas de conhecidos ou parentes de Marcelo. O ministro continua chefe da pasta, mesmo indiciado pela PF, juntamente com dez pessoas, no início de outubro.

O ministro foi indiciado por crime eleitoral de omissão na prestação de contas de campanha e pelo crime de associação criminosa. Vale lembrar que ele refutou as acusações. A suspeita é que o partido no estado tenha inscrito candidatas mulheres sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas.

Defesa

O advogado do PSL, Ademar Rigueira, contestou a investigação. “É um absurdo completo. Esse inquérito está se arrastando há muito tempo, tudo foi esclarecido, não havia necessidade alguma dessa busca e apreensão. O delegado está fazendo uma pescaria para encontrar alguma coisa”, disse o defensor da legenda.

Ainda de acordo com a defesa, a busca é uma inversão da lógica da investigação, vista com muita estranheza pelo escritório, principalmente, por se estar vivenciando um momento de turbulência política.

 

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