Operação da PF mira Paulinho da Força

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O deputado federal Paulinho da Força Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

 

 

Por Jéssica Otoboni

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Eleitoral (MPE) na manhã desta terça-feira (14). Os agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão em São Paulo e em Brasília, na Operação Dark Side, a primeira fase da Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de SP. Os investigados também são alvo de bloqueio de contas bancárias e imóveis.

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público de SP, as investigações apontam para indícios do recebimento, por parte de parlamentar federal, de “doações eleitorais não contabilizadas, de maneira dissimulada”, durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$ 1,7 milhão.

Esses pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação de prestação de serviços de advocacia e em espécie, com doleiros contratados pelo grupo para atuar no esquema.

As autoridades descobriram que o escritório de advocacia em questão tinha como um dos seus sócios o genro do parlamentar. A quebra do sigilo bancário do local mostrou que houve uma transferência de valores perto da eleição de 2012, com origem na entidade sindical relacionada a Paulinho da Força e não declarada em sua campanha.

Também se constatou a existência de diversas operações financeiras, relativamente atuais, que se enquadram em crimes de lavagem de dinheiro. Essas movimentações, não relacionadas ao deputado, indicam a possibilidade da prática de outros atos de lavagem de dinheiro autônomos e conexos.

Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas de 3 a 10 anos de prisão.

Por se tratar de um parlamentar no exercício do mandato de deputado federal, as investigações em primeira instância, em relação a ele, se restringem aos fatos apurados nos anos de 2010 e 2012. Em relação ao escritório de advocacia, a ação policial também busca provas da atualidade da prática de crimes conexos.

O inquérito, remetido à Justiça Eleitoral em 2019, teve a colaboração premiada de acionistas e executivos do grupo J&F, e a investigação se baseou em informações obtidas através da quebra de sigilos bancários, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e testemunhos de pessoas relacionadas aos fatos. (CNN)

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