PF prende quatro por roubo de mensagens de Deltan e Moro

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Operação policial sigilosa foi deflagrada nesta terça-feira contra supostos hackers que atacaram a força-tarefa da Lava-Jato e o ministro

 

A Polícia Federal deflagrou em sigilo, nesta terça-feira, uma operação para prender o hacker responsável pelo roubo de mensagens do Telegram do chefe da Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e do ministro da Justiça, Sergio Moro.

Foram cumpridas onze ordens judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária, nas cidades de São Paulo (SP), Araraquara (SP) e Ribeirão Preto (SP).

Os investigadores já reuniram elementos suficientes para convencer o juiz Vallisney de Souza Oliveira a expedir os mandados contra os supostos envolvidos na ação contra a Lava-Jato.

As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados.

Há pouco, a PF divulgou nota sobre a ação:

“Brasília/DF – A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (23/07), a Operação spoofing com o objetivo de desarticular organização criminosa que praticava crimes cibernéticos. Foram cumpridas onze ordens judiciais, sendo sete Mandados de Busca e Apreensão e quatro Mandados de Prisão Temporária, nas cidades de São Paulo/SP, Araraquara/SP e Ribeirão Preto/SP.
As investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados. As informações se restringem às divulgadas na presente nota. Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.”

Suspeitos presos

Um dos detidos pela PF é Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, de 30 anos, que se diz investidor e já foi preso por falsidade ideológica e tráfico de drogas. Ele foi detido em Araraquara e, em depoimento prestado à polícia na quarta-feira, confessou que tentou invadir a conta de Moro no Telegram e disse que deu, de forma anônima e gratuita, ao jornalista e Glenn Greenwald, fundador de The Intercept, acesso a informações obtidas no aplicativo. O juiz Vallisney Oliveira autorizou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Delgatti Neto e dos demais presos, todos naturais de Araraquara, cidade paulista a 275 quilômetros da capital.

Delgatti Neto também era filiado ao partido Democratas (DEM). Nesta quarta-feira, o partido determinou, por meio de nota, a expulsão do acusado, enfatizando que o suposto hacker “não tem participação ativa na vida partidária da legenda”.

O ex-DJ Gustavo Henrique Elias Santos, de 28 anos, detido em São Paulo, disse ao seu advogado que Delgatti Neto mostrou-lhe mensagens de autoridades obtidas ilicitamente, mas tanto ele quanto sua mulher, Suellen Priscila de Oliveira, de 25 anos, também detida, negaram envolvimento no caso. Santos já havia sido preso por receptação e falsificação de documentos, mas Oliveira não tinha passagem pela polícia.

O outro preso é Danilo Cristiano Marques, ex-motorista de Uber, de 33 anos, condenado no passado por roubo. Em depoimento prestado na quarta-feira, ele negou qualquer participação nos crimes. Com informações de Veja e El País.

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