Políticos reagem ao comportamento do presidente da República em reunião ministerial

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O vídeo da reunião ministerial divulgado nesta sexta-feira (22) gerou reações de ex-presidentes, ministros, governadores e senadores. Na gravação, o presidente Jair Bolsonaro diz uma série de palavrões e profere ofensas a líderes de estado, como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e o do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), chamados respectivamente de “bosta” e “chorume”.

 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou sobre a possível abertura de um pedido de impeachment. “Vejo juristas falando de impeachment. Pergunta de leigo: não adicionaríamos mais um complicador? O caso é de impedimento por falta de bom senso. Não sei se existe no arsenal jurídico. Houve com Delfim Moreira, caso clínico. Aplica-se ainda que difícil de comprovar? Duvido.”

Já o senador e também ex-presidente Fernando Collor (AL) lamentou, em resposta a um seguidor no Twitter, “a falta de civilidade e o linguajar” usado no encontro. “Lamentável como transcorreu a reunião ministerial em que se cuidou de vários assuntos de ordem pessoal, menos o respeito à civilidade, ao linguajar, às instituições e à pandemia que infelicita a Nação.”

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) pediu a demissão “urgente e imperativa” do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e do presidente. “Bolsonaro não tem condições de governar. É completamente louco. Ponto final”, escreveu no Twitter.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PT), elencou quatro fatores graves mostrados pelo vídeo da reunião: a confirmação da delação de Sergio Moro; crimes contra a honra; a revelação de planos de ‘armar a população’ para fins políticos; e a demonstração de inequívocos impulsos despóticos.

“Na forma e no conteúdo, a tal reunião ministerial revela um repertório inacreditável de crimes, quebras de decoro e infrações administrativas. Além de uma imensa desmoralização e perda de legitimidade desse tipo de gente no comando da nossa Nação”, escreveu.

Comemoração

Já aliados ao presidente Jair Bolsonaro comemoraram a divulgação do vídeo. Para muitos, não há ali provas de que Bolsonaro tenha tentando interferir na Polícia Federal, e a gravação serviu para fortalecê-lo.

“Ao ex-padrinho Sergio Moro, gostaria de agradecer por ter contribuído para a reeleição do nosso Presidente Jair Bolsonaro. Prezado, o Sr está desculpado”, escreveu a deputada federal Carla Zambelli (PSL).

O chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Fábio Wajngarten, afirmou que “a máscara de Bolsonaro realmente caiu”, mas o que todos viram foi a mesma face: “um líder defendendo os mesmos valores que defendeu em sua campanha e querendo proteger seu povo da tirania de pseudo-ditadores.”

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