Com a decisão, tomada por unanimidade, filho do presidente Bolsonaro terá de deixar a liderança do partido na Câmara e o comando do diretório estadual de SP.
O Diretório Nacional do PSL decidiu, por unanimidade, aplicar pena de suspensão a 14 parlamentares – entre eles o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) – e de advertência a outros quatro, além da dissolução do diretório paulista que era comandado pelo filho do presidente Jair Bolsonaro.
Com as suspensões, os parlamentares não podem mais exercer atividades em nome do partido, como assinar listas, integrar comissões ou liderar a legenda, como é o caso de Eduardo atualmente, que terá de deixar o cargo. Os punidos, no entanto, podem continuar participando das sessões, votando e apresentando projetos.
Após a reunião da executiva do PSL @PSL_Nacional semana passada para recomendar punição a deputados da sigla, hoje o diretório nacional aprovou o parecer e fomos suspensos. Isso tudo por cometermos o “grave erro” de apoiar o Presidente @jairbolsonaro e derrubar o inábil Waldir.
— Carlos Jordy (@carlosjordy) December 3, 2019
Eduardo, Bibo Nunes (RS), Alê Silva (MG) e Daniel Silveira (RJ) foram suspensos por 12 meses. Carlos Jordy (RJ) pegou gancho de sete meses, enquanto Bia Kicis (DF) e Carla Zambelli (SP) foram punidas com a suspensão por seis meses (veja abaixo a lista completa de suspensões).
A turma da foto aí embaixo do PSL raiz,como se autodeclaram,puniu c/suspensão de 6 meses a mim e a vários outros deputados que pedimos transparência ao PSL. @BolsonaroSP e outros pegaram 12 meses,outros 10,outros3 meses. Querem calar os soldados do @jairbolsonaro e se dizem leais pic.twitter.com/3iNArUpFMu
— Bia Kicis (@Biakicis) December 3, 2019
As punições haviam sido recomendadas pelo conselho de ética do partido na semana passada. O motivo alegado foi o desrespeito ao estatuto da legenda, já que os parlamentares, em rota de colisão com o presidente Luciano Bivar (PE), criticaram a direção da sigla e fizeram acusações sobre a gestão de diretórios e dos recursos financeiros.
A quase totalidade desses parlamentares deve seguir o presidente Bolsonaro e ir para o Aliança pelo Brasil, a nova legenda que deverá abrigar os bolsonaristas, mas que ainda não está formalmente criada. Além disso, os deputados estudam juridicamente um jeito de mudar de legenda sem perder o mandato e o dinheiro do fundo partidário.
A expulsão da legenda seria um motivo que, com base em exemplos anteriores, justificaria a filiação a outro partido sem perder o mandato, mas mesmo isso seria motivo de disputa judicial, já que o PSL havia dito que iria à Justiça para recuperar os mandatos dos bolsonaristas.
Veja as punições:
SUSPENSÕES
- Eduardo Bolsonaro – 12 meses
- Alê Silva (MG) – 12 meses
- Daniel Silveira (RJ) – 12 meses
- Bibo Nunes (RS) – 12 meses
- Ubiratan Sanderson (RS) – 10 meses
- Carlos Jordy (RJ) – 7 meses
- Major Vitor Hugo (GO) – 7 meses
- Bia Kicis (DF) – 6 meses
- Carla Zambelli (SP) – 6 meses
- Filipe Barros (PR) – 6 meses
- Márcio Labre (RJ) – 6 meses
- General Girão (RN) – 3 meses
- Junio Amaral (MG) – 3 meses
- Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) – 3 meses
ADVERTÊNCIAS
- Hélio Lopes (RJ)
- Coronel Armando (SC)
- Aline Sleutjes (PR)
- Chris Tonietto (RJ)
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