Sinpro-DF: há o que comemorar no Dia dos Professores, mas falta reconhecimento

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A certeza do importante papel cumprido pelos professores, mas a desvalorização da profissão é uma das causas da violência contra o docente.

A diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa, ao ser questionada se há o que comemorar no Dia do Professor, pelo TudoOK Notícias, disse que sempre haverá o que comemorar. Segundo ela, pelo ponto de vista que “eu escolhi, e que eu, mais do que ninguém, tenho a clareza do quanto é gratificante a troca, o ensinar aprendendo”.

Segundo ela, os professores têm noção da importância do papel que cumprem. “Por isso, nesse aspecto, temos o que comemorar, é a certeza de um papel social que nós cumprimos. Não é simplesmente ensinar a juntar as letras ou somar dois mais dois. Temos orgulho, sim, da profissão e teremos motivos ainda que pessoais para comemorar”, comentou.

No entanto, quanto ao reconhecimento dessa importância por parte, especialmente, dos governos e da sociedade de modo geral, hoje, existe um conflito. “Mas a gente não se pode deixar abater”, acentua Corrêa. Segundo ela, os governos passam. Entretanto, o governo atual tem adotado uma postura de ataque brutal à pessoa, à figura do professor e da professora.

Para ela, nesse momento, há uma tendência da sociedade em valorizar os docentes menos ainda e mostra o motivo. “O próprio governo federal, o MEC, especialmente, e alguns parlamentares tem insistindo muito em uma campanha de desqualificarem e passar para a sociedade que o professor é um inimigo”, explicou.

“Isso é muito ruim e é, exatamente, o que faz com que pessoas se sintam muito à vontade, alunos e familiares, inclusive, de praticarem ações agressivas contra os professores. Às vezes, até físicas, chegando, inclusive, a assassinatos como nós temos assistido”, ponderou Corrêa.

De acordo com a diretora do Sinpro-DF, a violência é resultado dessa desvalorização que “a profissão vem sofrendo, ao longo dos anos, e que se agrava, agora, com esse ambiente de intolerância e de total desrespeito que o Brasil vem passando”.

Corrêa reconhece que na realação professor-aluno não se pode generalizar.  Ela cita que a maioria dos alunos e de seus familiares respeitam e valorizam os seus professores. “Nesse momento, ainda vivemos a realidade de termos um dos salários mais baixos de profissionais de nível superior. Não só em Brasília, mas no país. Essa é uma demonstração de uma categoria, de uma profissão que não tem o seu devido valor, o seu reconhecimento”, completou.

Já com relação às atuais reivindicações, a diretora do Sinpro-DF, que talvez supere a salarial é esse reconhecimento, a valorização da profissão.

Uma das maiores preocupação do Sinpro-DF é com a saúde dos professores. Uma das principais reivindicações é com o atendimento à saúde dos docentes. Muitos professores estão adoecidos e o número cresce “assustadoramente”, não só no DF, que é “alarmante”, mas também no país.

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