O Superior Tribunal de Justiça marcou para esta quarta-feira (27) o julgamento da federalização do caso que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ).
A tendência, segundo fontes na corte, é de que o resultado seja amplamente favorável à manutenção das investigações pelo Ministério Público do estado do Rio de Janeiro. “Será uma lavada”, disse um ministro à CNN. A avaliação geral é a de que não há sinais de omissão ou falta de competência das autoridades estaduais na investigação, como Polícia, Ministério Público e Justiça.
A relatora do caso, Laurita Vaz, já entregou seu extenso relatório à Terceira Sessão do STJ. Se não houver pedido de vista por nenhum dos nove integrantes do colegiado (são, na verdade, dez, mas o presidente, Nefi Cordeiro, não vota), a expectativa é a de que a sessão acabe na própria quarta-feira.
Nos bastidores, integrantes do governo federal defendem a federalização do caso pois avaliam que o governador do Rio, Wilson Witzel, tem interesses políticos na investigação de envolver a família Bolsonaro no caso. O presidente Jair Bolsonaro, porém, já disse preferir que o caso fique no Rio.
Em setembro do ano passado, a então procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu para federalizar a investigação. O pedido foi posteriormente endossado pelo atual procurador-geral da República, Augusto Aras. A família de Marielle, porém, defende que o processo continue a tramitar no Rio.
