Ministro diz que vazamentos têm como objetivo “paralisar a marcha dos eventos”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que vazamentos de conversas de autoridades tentam atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência. A declaração foi dada nesta segunda-feira (10) na Sessão Plenária da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília.
A manifestação do ministro ocorreu um dia após troca de mensagens do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, com procuradores da Lava Jato terem sido divulgadas pelo site The Intercept Brasil.
De acordo com Paulo Guedes, os vazamentos têm a intenção de “paralisar a marcha dos eventos”.
“E não foi por falta de tentativa, toda hora tem uma. Michel Temer, teve o filho do Bolsonaro, o outro não sei o que lá, hoje é do Moro… Só os senhores têm capacidade de examinar o mérito, mas não é coincidência que estoura essa bombinha toda hora, cada hora estoura uma”, destacou o ministro.
Paulo Guedes ressaltou que a questão previdenciária é urgente, mas os governos anteriores não enfrentaram o assunto.
“O Fernando Henrique foi fazer essa Reforma aos 47 do 2º tempo, depois o Lula perdeu a chance, depois a Dilma, todo mundo dá aquela distraída aos 47 do 2º tempo. Ora, não há mais tempo para distrair. Ou ataca agora ou esse buraco negro fiscal engole o Brasil inteiro”, disse ele.
“Esse avião vai cair” – O ministro da Economia ainda usou uma metáfora para defender que o atual regime de previdência é insustentável. “Nós estamos esperando que os nossos filhos entrem, tragam os nossos paraquedas, nós vamos pular e eles vão seguir. E já se sabe que esse avião vai cair. Então seria uma irresponsabilidade nossa com as gerações futuras fingir que não estamos vendo isso. E todos estão vendo.”
As manifestações de Guedes ocorreram na mesma sessão em que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) aprovou, por unanimidade, uma nota pública manifestando “perplexidade e preocupação com os fatos recentemente noticiados pela mídia”.