Vêm aí as CPIs da Amazônia e das ONGs no Senado

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Como terminarão as CPIs que todo mundo sabe como começam, mas ninguém sabe aonde irão parar? O presidente da República mencionou que pretende investigar a “Caixa Preta” do BNDES, cujas suspeitas são de que o banco repassaria às ONGs recursos de outros países

Por Maurício Nogueira

Em meio às repercussões internacionais causadas pelos focos de incêndios na Amazônia, duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) têm tudo para canalizar a atenção, pelo menos de holofotes, no Senado. Ambas tiveram as adesões de 30 senadores e foram protocoladas nessa semana.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) propôs a investigação das Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na Amazônia. Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) deseja que a CPI da Amazônia investigue as causas do aumento do desmatamento e de queimadas na região.

Entre os objetivos da CPI da Amazônia estaria a busca pelos fatores que fizeram com que o governo federal recusasse os recursos que a Alemanha e a Noruega destinavam ao Fundo Amazônia.

Na visão de Randolfe, o que ocorre na Amazônia é um crime calculado. Ele responsabiliza o governo federal pelo desmantelamento do  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

Além disso, ele atribui como propulsores da situação agravada na região amazônica, as reduções dos programas de prevenção e combate a incêndios e do orçamento do Ministério do Meio Ambiente (MMA). De acordo com o senador, a CPI não vai atrapalhar as investigações que já estão sendo feitas pela Polícia Federal.

A CPI das ONGs,  proposta pelo senador Plínio Valério precisava de 27 assinaturas e o parlamentar conseguiu 30. Inclusive, o primeiro a assinar foi o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Segundo o parlamentar tucano, a intenção é investigar as organizações de fachada que recebem recursos sem trabalhar.

O que poderá ser melhor apurado são as suspeitas de que ONGs, receberiam repasses de recursos de outros países, que seriam distribuídos entre elas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), em mandatos anteriores ao do presidente Bolsonaro, segundo fontes do setor financeiro. Esse pode ser um dos compartimentos da “Caixa Preta” do BNDES.

A CPI das ONGs pode colocar, ainda, uma lupa sobre suspeitas de que ONGs seriam responsáveis por iniciar focos de incêndios com o intuito de prejudicar a imagem do Brasil e do governo federal, segundo Bolsonaro.

Foto: Geraldo Magela/Senado

 

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