Zambelli: “Não seria burra de divulgar informação privilegiada”

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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) negou que tenha recebido informações privilegiadas sobre operações da Polícia Federal (PF) e disse que não divulgaria nada que pudesse prejudicar o governo do presidente Jair Bolsonaro.

“Foi uma coincidência? Não só isso. Se eu soubesse e tivesse informação privilegiada… eu não pareço ser uma pessoa burra, poderia até ser, mas não sou. Eu falaria isso publicamente se tivesse informação privilegiada?”, disse em entrevista à CNN.

Coisas infames de Moro

“Principalmente eu, uma pessoa que tenta proteger as informações e o governo. Eu não faria isso. Só se quisesse prejudicar. E eu estava defendendo o governo ontem a respeito das infames coisas que o ex-ministro [Sergio Moro] afirmou do meu governo, do governo do presidente Bolsonaro”, completou.

Ela disse ter ficado muito feliz com a operação e disse esperar que muitas outras similares aconteçam também em outros estados.

A deputada afirmou que com as evidências de superfaturamento na compra de respiradores e outros equipamentos de forma emergencial para enfrenar a pandemia do novo coronavírus, “era só seguir uma linha de raciocínio”.

“O governador Witzel soltou uma nota preocupado com meu possível envolvimento ou se tenho informações privilegiadas, mas qualquer pessoa que veja as informações no decorrer do curso sabe que vão acontecer operações”, disse Zambelli.

Sobre a acusação feita por Witzel, em nota, de que o presidente Bolsonaro teria oficializado a interferência na PF, Zambelli ironizou: “Então o presidente também está agindo em cima do STJ [Superior Tribunal de Justiça, que emitiu os mandados de busca e apreensão]?”

“A água está chegando nele”

“Então, antes de se preocupar com a denúncia de uma deputada de baixo clero, que sequer é líder de governo, que não é líder de partido, que não consegue aprovar nada na Câmara porque nenhuma lei passa, [Witzel] deveria estar preocupado com o processo. A água está chegando nele…está batendo e deveria ficar muito preocupado sim”, completou.

Entrevista à rádio

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou, durante em entrevista à Rádio Gaúcha na segunda-feira (25), que a Polícia Federal (PF) deflagaria nos próximos meses operações contra governadores.

A declaração foi feita na véspera da Operação Placebo, que cumpre mandados de prisão em São Paulo e no Rio de Janeiro, incluindo na residência oficial do governador fluminense, Wilson Witzel (PSC), na casa onde ele morava antes de ser eleito e no escritório da esposa, Helena.

“A gente já teve algumas operações da Polícia Federal que estavam ali, na agulha para sair, mas não saíam. A gente deve ter, nos próximos meses, o que vamos chamar de ‘Covidão’ ou de… Não sei qual vai ser o nome que eles vão dar, mas já tem alguns governadores sendo investigados pela Polícia Federal”, disse a parlamentar na entrevista.

“Força de expressão”

Sobre essa afirmação, de que as operações estavam na agulha para sair, mas não aconteciam, que poderia demonstrar que a deputada tinha informações sobre as decisões internas da PF, Zambelli voltou a negar qualquer tipo de informação privilegiada e disse que usou a frase como uma “força de expressão”.

“[Falei] por conta de saber que a PGR [Procurador-Geral da República] tinha pedido investigação dos governadores para a PF sete dias atrás, como foi noticiado. A gente quer que saia [as operações], mas como eu afirmei, não há vazamento na PF”, disse.

“Se eu soubesse de vazamento eu ia ficar calada, ia ficar quieta. Na verdade, isso é uma força de expressão como deputada que combate a corrupção [de dizer] ‘tem que estar na agulha, tem que sair’. É uma questão de quase torcer para que haja mais operações como essa de hoje.”

Ela disse ainda que se tivesse antevisto a repercussão da entrevista, não teria falado sobre possíveis operações. “A gente está aqui para falar e denunciar. Algumas vezes quem fala mais pode errar mais. Algumas vezes quem fala mais pode dar mais vazão à distorção de fatos, de coisas.”

Elogios à PF

Questionada sobre a possibilidade de haver vazamentos de informações na PF, Zambelli disse considerar que a instituição é uma das mais respeitadas do país.

“Eu não acredito que haja vazamentos na Polícia Federal, não tenho conhecimento sobre vazamentos na PF e falo isso olhando para a câmara”, disse a política.

A deputada afirmou também que, dados os recursos limitados da companhia, a PF “consegue fazer maravilhas”. “Pessoas que recebem alguns mil reais conseguem apreender milhões.”

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