Jogador brasiliense aposta em profissão cheia de desafios e sonhos

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Por Carlos Arouck

Diversos jogadores nascidos na capital federal fazem história no futebol brasileiro e também no mundial. Não ganham milhões de dólares, nem são famosos como Neymar, mas deixam sua marca. São capazes de muitos sacrifícios em prol do amor à bola, como viver em países distantes, largar família e amigos, além de seguir uma rotina de treinamentos rigorosa. Leonardo Carvalho de Assis é um deles. Aos 7 anos, começou a jogar futebol de campo no Minas Brasília Tênis Clube. Logo foi chamado para se unir ao clube vizinho, a APCEF. Com 11 anos, já fazia parte do Santos Futebol Clube, time da Baixada Santista e berço do Rei Pelé. Após colecionar troféus nos dois primeiros anos, ao completar 14 anos assinou seu contrato de formação e aos 16, o contrato profissional.

Em 2014, com 18 anos, experimentou a alegria de ser campeão do mundo sub-20 na África do Sul. Fez parte da seleção do campeonato e foi o melhor em campo na estreia contra o Everton-ING. Em 2016, de volta ao Brasil, participou do campeonato carioca da segunda divisão no Artsul, do Rio de Janeiro. No ano de 2017, foi para o Iraklis, da Grécia, porém o time que iria disputar o segundo maior campeonato continental do mundo, a Liga Europa, entrou em falência e caiu da primeira para a 3° divisão da liga grega e cancelou o contrato de todos os jogadores.

Sem se deixar desanimar, Léo Asis conseguiu um contrato na Líbia, com o time Al-Suqoor Club 1922, da cidade de Tobruk, no lado leste do país. Foram sete meses de desafios: a língua árabe, os costumes, a religião. Como recompensa, virou ídolo dos cerca de 200 mil torcedores que queriam usar a camisa 11 de Léo Assis, com média de 1 gol por jogo. Antecipou seu retorno para o Brasil devido ao recrudescimento da guerra civil no país.

O jogador quer ver sua carreira decolar. As oportunidades são agarradas com toda força. No Brasil, mais de 80% dos profissionais ganham menos de 1 mil reais de salário, segundo a CBF. Hoje, aos 23 anos, Léo Assis compreende melhor a realidade do mundo futebolístico. “Eu queria jogar em clubes de grande expressão e com ótimo salário. Ainda não deu. Mas minha trajetória tem sido muito gratificante e cada vez aprendo mais. Quando estou desanimado, restauro minhas forças junto ao meu filho pequeno e busco apoio em meu grande amigo de infância. Com seriedade, profissionalismo e muito suor na camisa, a gente chega lá”, finaliza.


Leonardo Carvalho de Assis

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