TCU quer apurar se grupo utilizou recursos públicos

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O “gabinete do ódio”, estrutura do Palácio do Planalto responsável por fazer ataques nas redes sociais e em grupos de WhatsApp a críticos do presidente Jair Bolsonaro, entrou na mira do Tribunal de contas da União (TCU). O subprocurador Lucas Furtado ingressou com uma representação para que a corte de Contas analise se a ação do grupo de servidores é financiada por recursos públicos. Na representação, o procurador classificou o “gabinete do ódio” como uma Parceria Público-Privada (PPP), que funciona com o aporte de recursos públicos e de empresas.

Como revelou o Estadão, o “gabinete do ódio” está instalado dentro da estrutura do gabinete do presidente Jair Bolsonaro. Seriam 23 servidores nessa função. A atuação do grupo é investigada também pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a disseminação de fake news.

No despacho em que pediu busca e apreensão em endereços de blogueiros e youtubers nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, classificou o “gabinete do ódio” como uma “associação criminosa”, que receberia dinheiro de empresários. Nenhum servidor do Planalto, contudo, foi alvo. O grupo também é investigado pela Comissão Parlamentar dos Inquérito (CPI) das Fake News do Congresso.

Na representação ao TCU, Furtado pede que sejam identificados os integrantes do governo que compõem o “gabinete do ódio” e, comprovadas as ilegalidades, sejam punidos administrativamente e devolvam aos cofres públicos recursos usados para disseminar notícias falsas.

Outro objetivo da representação é investigar o possível uso de recursos públicos para financiar ataques de fake news na campanha eleitoral de 2018. Furtado destaca que a decisão de Moraes, de determinar a quebra do sigilo fiscal e bancário de empresários no inquérito das fake news, abrange o período eleitoral daquele ano.

 

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