No primeiro dia de lockdown, a Alemanha teve 952 mortes por Covid-19, o maior número até hoje.
A segunda onda da epidemia, em quase toda a Europa, já é pior do que a primeira.
“Se não diminuirmos os contatos e esse for o último Natal que passamos com nossos avós, vamos ter falhado. Não podemos deixar isso acontecer”, afirmou, emocionada, a chanceler alemã, Angela Merkel.
“Eu sinto muito, do fundo do meu coração. Mas se o preço que nós pagamos é a morte de 590 pessoas por dia, então é inaceitável. Temos que endurecer as medidas.”
Maior economia da Europa, a Alemanha foi vista por vizinhos como um exemplo sobre como lidar com a pandemia de coronavírus. Isso foi no começo do ano. Agora, a história é outra.
Como seus pares europeus, a Alemanha está nadando — e tentando não se afogar — em uma segunda onda. Os números estão atingindo recordes.
Na semana passada, foram registradas 29,875 novas infecções em um dia, de acordo com o Instituto Robert Koch, agência governamental responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas na Alemanha. Foi o número mais alto registrado em um período de 24 horas na Alemanha desde o começo da pandemia.
Até agora, 21,975 pessoas já morreram no país de 83 milhões de pessoas.