A Anonymous Brasil, célula do grupo internacional de hackers mais famoso do mundo, vazou dados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dos seus filhos: vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Além deles, também foram divulgadas informações pessoais dos ministros Abraham Weintraub, da Educação, e sua esposa, Daniela Weintraub, de Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos. O empresário Luciano Hang e o deputado federal Douglas Garcia (PSC-RJ) também foram alvo do grupo.
A conta que vazou supostos dados de autoridades brasileiras nesta segunda estava sem publicar no Twitter desde outubro de 2018. No último domingo, anunciou a volta. “Chamado #AnonymousBrazilNeedsHelp. Estamos preparando nosso barco! Logo teremos vazamentos de dados, estamos preparando. #Anonymous #AntiFascista #Antifa Ajude com RT”, diz uma publicação.
Anonymous Brasil, de forma criminosa, acaba de divulgar todos os meus dados nas redes sociais. Para que colocar os meus familiares em risco? Para que divulgar o endereço de minha casa? Os lugares em que trabalhei? Estou indo agora mesmo na delegacia fazer um boletim de ocorrência
— Douglas Garcia (@DouglasGarcia) June 2, 2020
Contudo, a conta do Twitter da Anonymous Brasil foi retirada do ar cerca de uma hora depois do vazamento. Mesmo assim, o grupo fez uma nova conta e ainda compartilhou uma piada com o slogan do presidente: “Hack acima de tudo, dados acima de todos”.
Além disso, o grupo apontou que “os verdadeiros terroristas são Bolsonaro, Donald Trump e Eduardo Bolsonaro”.
Os verdadeiros terroristas são o @jairbolsonaro @realDonaldTrump e @bolsonarosp – CONTRA TODA REPRESSÃO E FAKE NEWS! #Anonymous #Hacking #Antifascista
— Anonymous Brasil (@AnonymouBr1) June 2, 2020
Anonymous nos EUA
O Anonymous também agiu durante os protestos espalhados pelos Estados Unidos. No sábado (31), um vídeo publicado promete a exposição de crimes cometidos por policiais durante todo o mundo.
Vale ressaltar que manifestações de norte-americanos completaram seu sétimo dia ontem (1) após a morte do negro George Floyd. Ele foi brutalmente assassinado por um policial branco, que o impediu de respirar com o joelho no pescoço de Floyd por mais de oito minutos.
Tim Watz, governador de Minnesota, já confirmou que os computadores do Estado sofreram ataques cibernéticos.
Diversas celebridades e esportistas têm se pronunciado contra o racismo. Maior jogador de basquete da história, Michael Jordan reagiu com um “basta” enquanto diversos jogadores da modalidade estão indo aos protestos. Já o piloto Lewis Hamilton criticou a Fórmula 1 pelo silêncio após a morte de Floyd: “alguns de vocês são grandes estrelas, mas ficam calados no meio da injustiça”, disparou.
Desde a morte de Floyd, dezenas de cidades têm viaturas da polícia queimadas, lojas saqueadas e caos por causa dos manifestantes. Em reação, as autoridades estipularam toques de recolher enquanto o presidente Donald Trump cobrou os governadores para “dominem” os ativistas.