Prefeitura enfrenta críticas por demissões repentinas enquanto sindicato aponta motivações políticas; trabalhadores desesperados buscam respostas
A Prefeitura de Salvador está enfrentando intensas críticas e protestos desde a última sexta-feira (22) devido a demissões em massa de funcionários de creches públicas e escolas municipais. O SINTRAL Bahia, sindicato dos trabalhadores do setor, suspeita de motivações políticas por trás das demissões, especialmente em meio ao contexto eleitoral de 2024.
Maurício Roxo, presidente do SINTRAL Bahia, critica a postura do prefeito Bruno Reis, acusando-o de priorizar aparições em eventos sociais em vez de resolver os problemas dos trabalhadores. Roxo sugere que as demissões foram estrategicamente programadas, aproveitando a distração com as festividades de fim de ano para liberar cargos visando favores políticos.
A situação se agrava com relatos de trabalhadores pegos de surpresa, como Cristiane dos Santos, que, após receber aviso prévio, sofreu um infarto. A falta de cobertura médica adequada intensificou o drama da funcionária, enquanto o sindicato, ao protestar em frente à Secretaria Municipal de Gestão, não obteve resposta oficial sobre as demissões.
Embora o SINTRAL tenha observado uma redução nas demissões após os protestos, a Superintendência Regional do Trabalho ainda não se pronunciou. O presidente do sindicato planeja buscar justiça junto ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério do Trabalho em janeiro, destacando a gravidade do descaso da administração municipal e reafirmando a determinação de lutar contra mais demissões e pela recontratação dos trabalhadores demitidos.
