Os animais feridos pelo fogo no Pantanal são tratados com pele de tilápia como é usada para reverter e tratar queimaduras em humanos. O colágeno da pele desse peixe acelera as cicatrizações.
Por exemplo, um tamanduá-bandeira tem aplicada a pele de tilápia na pata e os resultados são significativos.
O híbrido, no entanto, é de 2020. No ano em que o Pantanal ardeu em chamas e teve diversos de seus animais feridos e queimados, pesquisadores e veterinários se uniram para ajudar esses bichos por meio de uma técnica inovadora e totalmente brasileira.
Até agora, um filhote de veado-catingueiro, duas antas adultas, uma anta filhote e um tamanduá-bandeira adulto já receberam a pele de tilápia.
E uma cobra sucuri e um tuiuiú, a ave-símbolo do Pantanal, estão na fila para o tratamento.
“A pele da tilápia tem uma camada muito grande de colágeno, que é importante no processo de cicatrização da queimadura”, explica o biólogo Felipe Rocha, coordenador da Missão Ajuda Pantanal e pesquisador do projeto Pele de Tilápia.