Serviços aguardam efeito da vacinação para ter recuperação

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O setor de serviços fechou 2020 com queda de 7,8% e caminha lentamente na tentativa se recuperar das perdas causadas pela pandemia do Covid-19.

 

A retomada, ainda discreta em relação aos demais ramos de atividade, coloca os serviços como o segmento mais dependente do processo de vacinação contra a covid-19.

Em dezembro, o volume de serviços prestados no Brasil interrompeu a sequência de seis meses consecutivos de alta e fechou o ano 3,8% abaixo do patamar registrado em fevereiro, último mês sem a adoção de medidas de isolamento social, segundo dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Vacinação

“Um horizonte de uma recuperação mais contundente do setor de serviços passa necessariamente pela vacinação em massa da população para que os consumidores se sintam mais confiantes em voltar a consumir serviços de natureza presencial”, avalia o gerente da PMS, Rodrigo Lobo.

Rodolpho Tobler, economista do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), explica que a questão sanitária torna a crise atual diferente das anteriores, nas quais o setor de serviços sofreu impactos menos significativos, o que torna a imunização mais importante do que para os outros segmentos.

“O comércio e a indústria talvez podem ser beneficiados com uma nova rodada de pagamento do auxílio emergencial, mas o setor de serviços praticamente depende só da vacinação. Não tem outra saída, porque o caminho de recuperação apresentado é muito pequeno perto do que era antes da pandemia”, afirma o economista.

Confiança 

Tobler avalia também que os efeitos positivos do processo de imunização precisam ficar claros antes do setor retornar ao ritmo de normalidade. “Só assim será possível aumentar a confiança das pessoas para sair de casa e reduzir a cautela para que a população volte a viajar e frequentar bares e restaurantes”, analisa ele.

O recente desempenho negativo do setor é justificado pela disseminação do novo coronavírus, que reduziu o número de viagens e hospedagens. Como consequência, as políticas de distanciamento social adotadas para conter a doença ainda ocasionaram no fechamento de serviços não essenciais, como bares e restaurantes.

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