Eleições 2018 no DF: cada segundo vale ouro para aparecer

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Na batalha do tempo de televisão e rádio nas eleições para o Senado Federal, a Via Alternativa terá mais bala na agulha. Ou seja, o senador Cristovam Buarque (PPS) e o presidente regional do PSD, deputado federal Rogério Rosso, pré-candidatos do grupo, terão mais segundos estratégicos, no duelo eleitoral contra os demais concorrentes.

A Via ainda está em fase de formação. Caso consiga selar a coligação, pelas regras da Justiça Eleitoral, os seis maiores partidos do grupo PSD, PRB, PPS, PSDB, PTB, PSC, vão acumular o total de 4 minutos e 12 segundos para o Senado em cada dia do horário eleitoral, somando os blocos da manhã e da tarde. A conta vale até seis maiores agremiações de qualquer chapa. Além disso, terão 10 minutos e 42 segundos para as inserções livres na programação do dia.

Na sequência, a coligação construía na órbita do pré-candidato ao GDF Jofran Frejat (PR), composta pelos republicanos PP, MDB e DEM, terá gás para 4 minutos e 6 segundos no horário eleitoral e 10 minutos e 5 segundos em inserções. Inicialmente, esta frente pretende apostar nas pré-candidaturas de Paulo Octávio e do presidente regional do DEM, deputado Alberto Fraga.

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ainda não consolidou a coligação no projeto de reeleição. Em um cenário hipotético, ao lado da Rede, SD, PV e Podemos, as apostas para o Senado do atual chefe do Executivo terão 1 minuto e 50 segundos nos programas e 4 minutos e 29 segundos na inserções livres.

Neste cenário, aumenta o desafio para a pré-candidatura da ex-secretária de Planejamento Leany Lemos (PSB). Lembrando que a Rede aposta no deputado distrital Chico Leite como pré-candidato ao Palácio do Buriti. Contudo, no patamar nacional, o partido estuda uma aliança da líder Marina Silva com Joaquim Barbosa (PSB). Este movimento poderá mudar os rumos no DF.

Rede Social vem com tudo

Visibilidade, reconhecimento e ficha limpa são ativos cruciais na disputa pelo Senado, na avaliação do professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Caldas. Neste contexto, o tempo de TV soma, mas não decisivo. Coligação e presença nas redes sociais também contam.

Neste tempos de Lava Jato e de eleitores com alta rejeição da classe política, a ficha limpa será um predicado poderoso. “Nem todos os candidatos são conhecidos por fazerem o bem”, pondera. O eleitor também cobrará as entregas do candidato na vida pública. O que fez? O que deixou de fazer? Em outras palavras, o capital político será avaliado antes das urnas.

O cientista político David Fleischer, membro do quadro da UnB, julga que os partidos supervalorizam o tempo de TV. “O nível de audiência no horário eleitoral é baixo”, resume. Coincidentemente, diversos dirigentes partidários preferem montar estratégias nas inserções livres na programação. Para driblar a rejeição dos blocos eleitorais e alcançar os eleitores em horários estratégicos.

Para o especialista, a musculatura do candidato parte da coligação, no corpo a corpo eleitoral. As redes sociais crescerão nestas eleições. Mas, para Fleischer, dificilmente a Justiça Eleitoral terá braço para manter o controle dos embates virtuais. E nas telinhas de celulares, notebooks e similares, as fakenews serão um problema sério.

Saiba Mais

Existe uma “pegadinha” da Justiça Eleitoral. O tempo das inserções para o Senado é dividido com o candidato ao governo local. Neste caso, a coligação fica com a faca na mão e define quem fica com a maior fatia.

Mesmo isolado, o PT não pode ser desconsiderado. É o partido com o maior tempo. Nos blocos da manhã e tarde, terá no total 1 minuto e 42 segundos. Nas inserções, o fôlego será de 4 minutos e 13 segundos. É potencial que rivaliza com a chapa hipotética de Rollemberg.

O PT hoje tem 5 pré-candidatos: o deputado distrital Wasny de Roure, o economista Júlio Miragaya, o sindicalista Chico Machado, o professor Marcelo Neves e Márcio Costa, servidor da Câmara dos Deputados.

Curiosidade. Segundo David Fleischer, geralmente o 1º suplente do Senado é um personagem com possibilidade de injetar e captar dinheiro para campanha do titular. (JBr)

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