Não foi o governo Bolsonaro quem incendiou a Amazônia, diz ministra

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Considerada quadro dos melhores da Esplanada dos Ministérios, Tereza Cristina sai em defesa do presidente e de Ricardo Salles

Levantamentos mostraram aumento no número de incêndios na Amazônia. Em meio à escalada de críticas da comunidade internacional ao discurso do governo Bolsonaro na área ambiental, e sob crescente pressão da ala exportadora do agronegócio, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro.

Para ela, há exageros no debate sobre a Amazônia. Mas o tema passou a dominar a cena internacional e ontem, pelo Twitter, o secretário-geral da ONU, António Guterres, engrossou a lista dos preocupados com o futuro da floresta.

Na visão de Tereza Cristina, o setor de agronegócios no Brasil está dividido em relação à retórica ambiental do governo.

Ela admite, porém, que é preciso discutir o tema dentro do governo e que vai conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre o assunto. Mas a ministra nega que vá agir para convencer o presidente a mudar de discurso.

“O entendimento é que o governo está certo, mas que o tom da comunicação precisa estar mais afinado. Precisamos discutir mais, porque isso pode afetar o agronegócio. Mas existe muito exagero”, disse.

“Presidente ninguém muda. Ele é político e sabe o quer fazer. Quem gosta, gosta, quem não gosta pode pedir para ir embora”, frisou a ministra, elevando o tom.

A ministra afirmou que em sua próxima viagem para a Europa, prevista para o fim de setembro com escalas na Alemanha e Suíça, espera esclarecer que o produtor rural não é o responsável pelo aumento do desmatamento na Amazônia.

E que vai tentar esclarecer que existe desmatamento previsto em lei e que na última fronteira agrícola no país, a região do “Matopiba” (confluência entre Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), por exemplo, há espaço para a abertura de novas áreas de plantio de maneira absolutamente legal.

“Temos que mostrar os pontos positivos que ficam camuflados com esse discurso sobre a Amazônia. A Amazônia tem que ser preservada? É e vai ser preservada. Temos problemas? Claro. Mas precisamos esclarecer o que é Amazônia Legal, o que é bioma amazônico, o que é bacia hidrográfica”, pontuou.

Tereza Cristina aproveitou para mais uma vez defender o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles – um “injustiçado”, segundo ela. “Ele tem sido um batalhador e tem uma posição firme. Mas não é o troglodita que os críticos dizem que é. Ele é responsável e sabe das implicações ambientais para o agronegócio”, concluiu. Com informações do Valor.

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